Ibovespa fecha acima de 133 mil pontos guiado por JBS

Publicado 27.03.2025, 17:08
Atualizado 27.03.2025, 18:01
© Reuters. Tela de cotações da B3 em São Paulon05/08/2024nREUTERS/Carla Carniel

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançou nesta quinta-feira, fechando acima dos 133 mil pontos pela primeira vez em cerca de seis meses, em movimento guiado pela JBS e reforçado pelas blue chips Vale e Petrobras, tendo como pano de fundo o alívio na curva de juros.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com acréscimo de 0,47%, a 133.148,75 pontos, tendo marcado 133.904,38 pontos na máxima e 132.478,98 pontos na mínima do dia.

O volume financeiro no pregão somou R$20,77 bilhões.

O Ibovespa não fechava acima dos 133 mil pontos desde 2 de outubro do ano passado (133.514,94). Com o desempenho desta quinta-feira, já acumula em março uma valorização de mais de 8%, enquanto no ano sobe quase 11%.

Estrategistas atribuem tal performance a um movimento global de rotação de recursos, que tem favorecido mercados emergentes, como é o caso do Brasil, além da redução de prêmios na curva de juros brasileira neste ano.

Dados da B3 (BVMF:B3SA3) mostram uma entrada líquida de capital externo de R$4,7 bilhões em março até o dia 25, totalizando R$13,4 bilhões em 2025.

O último pregão da semana também contou com a divulgação do IPCA-15 de março, que mostrou uma descaceleração maior do que o previsto em relação ao mês anterior. A taxa em 12 meses, porém, de 5,26%, alcançou uma máxima em dois anos.

"Consideramos o resultado divulgado hoje positivo, especialmente pela composição dos dados", afirmaram economistas do Bradesco em relatório enviado a clientes.

"Os serviços continuam pressionados, como já esperávamos, mas os serviços subjacentes começaram a mostrar uma pressão menos intensa. Esse movimento deve, ao longo do tempo, ser reforçado a medida que a atividade econômica desacelere."

Para o ano de 2025 como um todo, os economistas do banco projetam alta de 5,6% para o IPCA.

DESTAQUES

- JBS ON (BVMF:JBSS3) fechou em alta de 5,83%, em dia positivo para ações de empresas de proteínas. Analistas do Bank of America (NYSE:BAC) também elevaram o preço-alvo do papel para R$55, de R$48 anteriormente, e reiteraram recomendação de compra.

- VALE ON (BVMF:VALE3) fechou em alta de 0,8%, acompanhando os futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia com acréscimo de 1,28%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) avançou 0,75%, com o barril de petróleo do tipo Brent terminando com elevação de 0,33%. PETROBRAS ON (BVMF:PETR3) valorizou-se 1,02%.

- COGNA ON (BVMF:COGN3) subiu 5,15%, tendo no radar relatório de analistas do Bradesco BBI elevando o preço-alvo de R$2,50 para R$3,10 e reiterando "outperform", bem como a preferência pelo papel no setor. YDUQS ON (BVMF:YDUQ3) valorizou-se 4,93%.

- MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3) ganhou 3,62%, endossada pelo alívio nos DIs, que beneficiava outros papéis sensíveis a juros. O índice do setor de consumo ganhou 1,68%.

- CVC (BVMF:CVCB3) BRASIL ON recuou 2,58%, tendo no radar resultado do último trimestre do ano passado, que mostrou consumo de caixa de R$50,7 milhões. O Ebitda ajustado somou R$108,1 milhões no período, crescimento de 25,1%.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) subiu 0,12%, em dia misto entre os bancos do Ibovespa. BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) cedeu 0,38% e BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) recuou 0,42%, enquanto SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) subiu 0,62%.

- IMC ON, que não faz parte do Ibovespa, disparou 21,74%, após anunciar joint venture com a Kentucky Foods Chile Limitada envolvendo a operação do KFC no Brasil, em acordo no qual o grupo chileno pagará US$35 milhões à companhia.

- AMERICANAS ON (BVMF:AMER3), que não faz parte do Ibovespa, desabou 25,97%, tendo no radar o balanço do último trimestre de 2024 com prejuízo líquido de R$586 milhões e queda de 4,5% no faturamento líquido na base anual, a R$4,3 bilhões.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.