Ibovespa fecha em alta puxado por bancos e com Raízen em destaque

Publicado 18.08.2025, 17:15
Atualizado 18.08.2025, 17:50
© Reuters.

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, chegando perto de 138 mil pontos no melhor momento, com bancos entre os principais suportes, em pregão também marcado pelo salto de Raízen em dia de ajustes, enquanto Prio capitaneou a coluna negativa após interdição de plataforma de petróleo.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,72%, a 137.321,64 pontos, marcando 136.340,60 pontos na mínima e 137.901,59 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somou R$19,77 bilhões.

Na visão do analista de investimentos Gabriel Mollo, da Daycoval Corretora, a bolsa paulista continuou apoiada pela "surpresa positiva" com a temporada de balanços, que caminha para o final, com agentes monitorando uma possível solução para o conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

"Se isso realmente acontecer, se houver as trocas de território, o risco deve diminuir bastante", afirmou.

Nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que é possível chegar a um acordo de paz para a guerra na Ucrânia, ao se reunir com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, e com líderes europeus. No fim de semana, Trump se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin.

Além dos movimentos relacionados à temporada de balanços, o estrategista Felipe Paletta, da EQI Research, também pontuou que o começo da semana trouxe alguns elementos que corroboram as perspectivas de que um cenário para a queda da Selic começa a se aproximar. "Essa discussão continua bastante forte", disse.

Ele citou as estimativas para o IPCA de 2025 abaixo de 5% pela primeira vez desde o início de janeiro na pesquisa Focus e o IBC-Br de junho mostrando que a economia iniciou um processo de arrefecimento.

A bolsa paulista descolou mais uma vez de Wall Street, onde o S&P 500 fechou praticamente estável nesta segunda-feira, no começo de uma semana carregada com balanços corporativos de grandes varejistas, além do simpósio anual do Federal Reserve em Jackson Hole, entre 21 e 23 de agosto.

DESTAQUES

- BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) avançou 2,03%, puxando com BRADESCO PN (BVMF:BBDC4), que subiu 2%, o desempenho positivo do setor no Ibovespa. BTG PACTUAL (BVMF:BPAC11) UNIT apurou elevação de 1,39%, SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) fechou em alta de 1,26% e ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) valorizou-se 0,72%.

- RAÍZEN PN (BVMF:RAIZ4) disparou 10,58%, após cair mais de 16% na semana passada, renovando mínimas desde o IPO em 2021, na esteira de prejuízo trimestral bilionário com aumento de dívida. No sábado, O Globo publicou que Petrobras está estudando diversas possibilidades para investir na joint venture entre Cosan e Shell (NYSE:SHEL). COSAN ON (BVMF:CSAN3) subiu 5,29%.

- PRIO ON (BVMF:PRIO3) recuou 3,14%, após a Agência Nacional do Petróleo (ANP) interditar a plataforma flutuante Peregrino, operada atualmente pela Equinor. A Prio, que tem em Peregrino boa parte de sua produção, disse que a ANP exigiu "pontos de melhorias" e estimou que os trabalhos para resolver as pendências vão levar três a seis semanas.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) avançou 0,63%, endossada pela alta do petróleo no mercado externo, onde o barril do Brent fechou com acréscimo de 1,14%. Uma diretora da estatal também disse que a Petrobras avalia elevar capacidade de produção de sua maior plataforma. No setor, BRAVA ON subiu 0,67%, enquanto PETRORECONCAVO ON valorizou-se 0,79%.

- VALE ON (BVMF:VALE3) fechou com queda de 0,23%, em meio ao declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com perda de 0,64%.

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