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Ibovespa fecha em queda com Petrobras e à espera de avanço da Previdência

Publicado 12.06.2019, 17:33
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Por Peter Frontini e Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira, pressionado particularmente pelo recuo das ações da Petrobras (SA:PETR4) na esteira do declínio do petróleo no exterior, além de alguma cautela antes da divulgação do parecer do relator da reforma da Previdência.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa (BVSP) desvalorizou 0,65%, 98.320,88 pontos, em sessão também marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro. O volume financeiro somou 28,6 bilhões de reais.

Na primeira etapa do pregão, o Ibovespa chegou a oscilar acima dos 99 mil pontos, reagindo ainda à aprovação pelo Congresso Nacional de crédito suplementar para contornar a regra de ouro na véspera, mas também outras notícias de Brasília.

Entre elas, o anúncio da Caixa Econômica Federal de que devolverá ao governo de 3 bilhões de reais, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, acrescentando usará os recursos para reduzir a dívida pública.

Também repercutiu declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de que o parecer da reforma da Previdência previsto para a quinta-feira não deve incluir Estados e municípios.

Maia, contudo, acrescentou que o tema seguirá sendo discutido em busca de um acordo, assim como o regime de capitalização, o que corroborou alguma cautela no pregão.

O estrategista chefe da Guide Investimentos, Luiz Gustavo Pereira, destacou que o desempenho do Ibovespa refletiu uma atitude de investidores de 'esperar para ver', na expectativa de avanço sobre a reforma da Previdência.

Na mesma linha, o especialista em ações da consultoria Levante, Eduardo Guimarães, destacou que, nesta sessão, prevaleceu certa cautela antes da apresentação do parecer da reforma na comissão especial da Câmara.

O pregão fechou com o mercado na expectativa de entrevista coletiva do presidente da Câmara, acompanhado de líderes da Casa e do relator da reforma na comissão, Samuel Moreira (PSDB-SP), prevista para o final da tarde desta quarta-feira.

No cenário externo, em meio ao recuo dos preços do petróleo, a queda das ações de energia minaram Wall Street, assim como o recuos de papéis de bancos diante de perspectivas de cortes de juros nos Estados Unidos.

DESTAQUES

-PETROBRAS PN caiu 1,1% e PETROBRAS ON (SA:PETR3) perdeu 1,5%, acompanhando forte queda no preço do petróleo, que foi enfraquecido por um aumento inesperado nos estoques da commodity nos EUA e por uma perspectiva ruim para a demanda global. Também no radar esteve julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) para desinvestir em campos de petróleo.

- BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) recuou 0,9%, também pesando no Ibovespa, tendo de pano de fundo comentários do ministro da Fazenda, de que, além da Caixa Econômica Federal, mais bancos públicos trabalham para honrar compromissos com a União. No setor, BRADESCO PN (SA:BBDC4) caiu 1,1% e ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 0,6%, em linha com seus pares nas bolsas dos EUA.

-CSN fechou em baixa de 5,6%, maior queda do Ibovespa. Analistas do Morgan Stanley (NYSE:MS) cortaram a recomendação para as ações para 'equal-weight'. USIMINAS (SA:USIM5), que também teve recomendação reduzida pelos analistas do banco para 'equal-weight', perdeu 2,3%. GERDAU PN (SA:GGBR4), que continuou com 'overweight', recuou 0,75%

- VALE (SA:VALE3) teve alta de 0,1%, apesar de futuros do minério de ferro na China ampliarem a alta para níveis recordes nesta quarta-feira.

-GPA encerrou com variação positiva de apenas 0,4%, longe da máxima do dia, quando avançou 3,76%. O conselho de administração do grupo aprovou a venda da sua participação na Via Varejo (SA:VVAR3) por pelo menos 2,23 bilhões de reais, em leilão marcado para o próximo dia 14. A decisão ocorreu após o acionista Michael Klein prometer adquirir todas as ações da Via Varejo detidas pelo GPA (SA:PCAR4) pelo preço máximo de 4,75 reais por papel no caso de leilão. VIA VAREJO caiu 3,2%.

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- MAGAZINE LUIZA caiu 1,96%, tendo no radar que o Grupo SBF, operadora das lojas Centauro no Brasil, aumentou sua oferta para a varejista online de esportes Netshoes (NYSE:NETS) para 3,70 dólares por ação, nova investida para tentar superar a concorrente Magazine Luiza (SA:MGLU3). Em Nova York, NETSHOES disparou 13%.

- RD (SA:RADL3) valorizou-se 1,5%, entre as maiores altas da sessão, encerrando o quinto pregão consecutivo no azul, o que levou a cotação para o maior patamar de fechamento desde setembro de 2018.

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