Investing.com - O investidor parece não ter esgotado seu ânimo com as recentes notícias de privatização e a aprovação - ainda que parcial - da TLP na Câmara e indica novo dia de valorização no Ibovespa, na espera de discursos de Janet Yellen e Mario Draghi em Jackson Hole.
O Ibovespa Futuros avança 0,35% para os 72.200 pontos e indica uma abertura em alta da bolsa, dando sequência ao movimento dos últimos três dias que levaram a bolsa acima dos 71 mil pontos pela primeira vez desde 2011.
Apesar do bom humor interno, os investidores estarão focados no impacto do principal evento do dia às 11h quando a presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, discursará em Jackson Hole.
Embora as expectativas por algo "dramático" sejam praticamente zero, alguns especialistas sugerem que ela poderia tentar convencer os mercados céticos de que o Fed certamente realizará mais um aumento dos juros este ano. Se ela não for bem-sucedida ou acabar deixando no ar a possibilidade de que os Fed não eleve juros neste ano, o dólar deverá enfraquecer e a bolsa poderá receber novo impulso.
Antes dos comentários de Yellen, os futuros do fundo Fed viam a possibilidade de aumento com apenas 45% de chances, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com
Ainda em Jackson Hole, Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, deverá fazer um discurso às 16h, em um evento com importância diminuída pela expectativa de que nada novo seja trazido. Antes, os investidores acreditavam que Draghi poderá indicar o fim da compra de ativos do BCE nos próximos meses.
Commodities
O petróleo opera em alta nesta sexta-feira com ganho de 0,4% nos EUA para US$ 47,63 o barril e 0,6% no Brent, vendido a US$ 52,35 o barril. No radar, o furacão Harvey se aproxima da costa dos EUA e o mercado se divide entre a redução da oferta dos EUA com a retirada de plataformas em operação no Golfo e a menor demanda com a paralisação das refinarias na costa.
O minério de ferro avançou 0,3% na bolsa de futuros de Dalian e encerrou a sessão a 586 iuanes a tonelada. Já em Qingdao, a commodity para entrega spot avançou 1,5%, negociada a US$ 78,38 a tonelada.
Mundo corporativo
O Ministério Público Federal (MPF) homologou o acordo de leniência firmado com o Grupo J&F, controlador da JBS (SA:JBSS3), para que a empresa pague R$ 10,3 bilhões de multa e ressarcimento mínimo pelo esquema de corrupção envolvendo o pagamento de propinas a agentes públicos.
A Petrobras (SA:PETR4) aprovou a reestruturação societária de sua subsidiária integral, a Petrobras Distribuidora (BR), com aporte de capital no valor de aproximadamente R$ 6,3 bilhões.
A Cemig (SA:CMIG4) conseguiu - por meio de muita pressão política - dobrar o governo na discussão da concessão e leilão das hidrelétricas e o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou ontem que aguarda uma proposta por três usinas. O leilão, previsto anteriormente para setembro, está suspenso pela Justiça e deverá ser remodelado para levar uma hidrelétrica por vez ao mercado.
A Justiça do Rio de Janeiro marcou para 9 de outubro a assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano de recuperação da operadora de telefonia Oi (SA:OIBR4). Na quarta-feira, os dois maiores grupos de credores da anunciaram que chegaram a um acordo para uma proposta conjunta de reestruturação da companhia, em uma tentativa de acelerar uma solução para um processo de recuperação judicial que se arrasta há 14 meses.
O conselho de administração da Usiminas (SA:USIM5) aprovou por unanimidade acordo que virou centro de uma polêmica que levou ao afastamento do ex-presidente da companhia Rômel de Souza no início deste ano.
Com Reuters