A segunda-feira, 11, é de agenda esvaziada, mas a semana é recheada de eventos importantes, o que mantém o mercado de ações em modo cautela hoje. A política monetária do Brasil e dos Estados Unidos está no centro das atenções, mas o Congresso brasileiro também terá uma agenda relevante no âmbito fiscal, uma vez que são esperados avanços na LDO e no projeto da subvenção do ICMS e nos Juros sobre Capital Próprio (JCP).
Nesse ambiente de expectativa, o Ibovespa acena com uma abertura negativa, alinhada aos futuros de Nova York e também à queda dos preços das commodities.
Depois de ter caído até 0,45%, o Índice Bovespa ganhou algum fôlego e passou a operar próximo da estabilidade, com a contribuição das ações da Petrobras (BVMF:PETR4) e de papéis dos setores elétrico e imobiliário. No entanto, o índice ainda não mostra forças para operar no azul e ir além do patamar dos 127 mil pontos.
Às 11h22, marcava 127.153,64 pontos, na máxima do dia, em alta de 0,05%.
Segundo Diego Faust, operador de renda variável da Manchester Investimentos, o Ibovespa tem oscilações contidas como reflexo da combinação entre as oscilações contidas das commodities e o compasso de espera pelas decisões de política monetária no Brasil e no exterior.
"O corte de 0,50 ponto na taxa Selic já está dado, mas o mercado vai buscar saber qual a visão do nosso Banco Central sobre o cenário de acomodação nos Estados Unidos. As decisões dos BCs é que vão definir o humor da semana", disse.
Na última sexta-feira, o Ibovespa enfrentou um pregão de instabilidade, alternando sinais, como consequência, em grande parte, dos dados de emprego acima do esperado pelo mercado.
Agora, o mercado aguarda dados de inflação no Brasil (IPCA) e nos Estados Unidos (CPI), amanhã, que antecederão as decisões de política monetária nos dois países, na quarta-feira. E na quinta-feira será a vez do Banco Central Europeu (BCE).