Ibovespa recupera 140 mil pontos e renova máxima com IPCA-15 e NY

Publicado 27.05.2025, 11:41
Atualizado 27.05.2025, 13:26
© B3

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa avançava nesta terça-feira, recuperando os 140 mil pontos e renovando máxima, endossado pelo IPCA-15, que ficou abaixo das estimativas de analistas em maio, bem como pelo viés positivo no mercado acionário nos Estados Unidos e alívio nos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.

Por volta de 11h30, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 1,37%, a 140.015,34 pontos, tendo chegado a 140.381,93 na máxima, novo recorde intradia. O volume financeiro somava R$6,4 bilhões.

O IPCA-15 teve alta de 0,36% em maio, após subir 0,43% no mês anterior, enquanto a taxa em 12 meses subiu 5,40%, de 5,49% em abril, segundo o IBGE. Expectativas de economistas em pesquisa da Reuters apontavam altas de 0,44% e 5,49% respectivamente. Apesar do alívio, segue bem acima do teto da meta oficial.

"A surpresa positiva do IPCA-15 pode contribuir para um ambiente de maior conforto para o Banco Central avaliar uma eventual pausa no ciclo ou uma elevação mais branda de 0,25 p.p., caso a evolução dos serviços e do núcleo de inflação siga persistente", avaliou o economista Arnaldo Lima, da Polo Capital.

Lima ponderou que as expectativas de inflação continuam desancoradas, mas ainda assim disse que não há dúvidas de que o dado de hoje entra no radar como um vetor relevante de alívio.

Nos EUA, Wall Street reabriu após o fim de semana prolongado por feriado na segunda-feira com viés positivo, em meio a noticiário menos negativo sobre a relação comercial entre EUA e União Europeia. O S&P 500 subia 1,55%, enquanto o rendimento do Treasury de 10 anos cedia a 4,4535%.

No domingo, o presidente Donald Trump recuou de sua ameaça de impor tarifas de 50% sobre as importações da UE no próximo mês, restabelecendo o prazo de 9 de julho para permitir que as negociações entre Washington e o bloco produzam um acordo.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) avançava 1,9%, em dia no qual os bancos figuravam entre os principais suportes para a alta do Ibovespa, com BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) subindo 2,86%, BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) em alta de 1,46% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) valorizando-se 1,29%.

- VAMOS ON (BVMF:VAMO3) avançava 9,69%, apoiada pelo alívio nas taxas dos contratos de DI, que favorecia também papéis como CVC (BVMF:CVCB3) BRASIL ON, em alta de 6,67%; MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:MGLU3), com ganho de 4,76%; ASSAÍ ON, com elevação de 7,14%; e LOCALIZA ON (BVMF:RENT3), subindo 5,29%.

- AZZAS 2154 ON valorizava-se 3,61%, tendo também no radar relatório do Citi, que aumentou o preço-alvo das ações para R$52 e reiterou recomendação de compra/alto risco, citando que a relação risco versus retorno dos papéis permanece enviesada para cima.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) subia 0,58%, mesmo com o declínio dos preços do petróleo no exterior, onde o barril do Brent recuava 0,76%. A estatal informou na véspera que está considerando uma "potencial emissão de debêntures incentivadas" de até R$3 bilhões.

- PETZ ON (BVMF:PETZ3) recuava 0,69%, em meio a preocupações com maior escrutínio do Cade sobre a operação de fusão da companhia com a Cobasi. Nota técnica produzida pelo Departamento de Estudos Econômicos (DEE) do órgão antitruste citou riscos à concorrência, especialmente no segmento de varejo físico.

- VALE ON (BVMF:VALE3) tinha variação negativa de 0,5%, conforme os contratos futuros do minério de ferro caíram pela terceira sessão consecutiva com novos rumores sobre cortes na produção de aço bruto na China. CSN MINERAÇÃO ON (BVMF:CMIN3) caía 4,53%.

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