Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista buscava se manter acima dos 107 mil pontos nesta quarta-feira, em meio a ambiente favorável a ativos de risco nos mercados no exterior, apoiado no otimismo com o desenvolvimento de vacina contra o coronavírus, mas sem tirar do radar o crescimento de casos na Europa e EUA.
Às 10:13, o Ibovespa subia 0,03%, a 107.282,83 pontos.
Na véspera, o Ibovespa à vista, referência do mercado acionário brasileiro, subiu 077%, a 107.248,63 pontos, maior patamar de fechamento desde o início de março, algumas semanas antes das decretações de quarentena no país.
De acordo com a equipe do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco (SA:BBDC4), em nota a clientes, uma segunda onda de contágio pelo Covid-19 e notícias sobre vacinas seguem no radar de investidores.
Nesse contexto, a Pfizer informou nesta quarta-feira que os resultados finais do teste de estágio avançado de sua vacina para Covid-19 mostram que ela é 95% eficaz, acrescentando ter os dados de segurança exigidos referentes a dois meses.
A farmacêutica reiterou que espera produzir até 50 milhões de doses de vacinas este ano, o suficiente para proteger 25 milhões de pessoas, e então produzir até 1,3 bilhão de doses em 2021.
Na véspera, dados preliminares dos testes clínicos com a CoronaVac, vacina experimental da chinesa Sinovac, mostraram que ela induziu uma rápida reposta imune, embora o nível de anticorpos produzidos tenha sido menor do que o visto em pessoas que se recuperaram da doença.
"Investidores seguem balanceando expectativas, colocando de um lado o otimismo com relação a uma vacina e do outro a cautela em torno da manutenção de uma situação sanitária delicada na Europa e nos Estados Unidos", reforçou a equipe da Guide Investimentos, em nota a clientes.
(Edição Alberto Alerigi Jr.)