Ibovespa recua com IOF e dados dos EUA no radar; Braskem sobe

Publicado 17.07.2025, 10:13
Atualizado 17.07.2025, 11:55
© Reuters. Painel eletrônico mostra cotações na B3, em São Paulon05/08/2024 REUTERS/Carla Carniel

Por Patricia Vilas Boas

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa operava em queda nesta quinta-feira, puxado pela performance negativa das ações da Petrobras, enquanto Braskem subia após a petroquímica informar que o Cade aprovou potencial transação envolvendo a holding da controladora Novonor.

Às 11h18, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, perdia 0,19%, a 135.250,22 pontos, dentro de uma faixa estreita, onde marcou 135.016,25 pontos na mínima e 135.528,26 pontos na máxima até o momento. O volume financeiro somava R$4 bilhões.

Investidores digeriam a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na véspera, de retomar a vigência da maior parte do decreto do governo sobre o IOF, depois que a audiência de conciliação entre Executivo e Legislativo sobre o tema terminou sem acordo.

O noticiário também incluía a aprovação no Senado, em primeiro turno, do texto-base da PEC com novas regras para pagamento de precatórios a partir de 2027 e a expectativa de que vá ao ar nesta quinta um pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as tarifas dos Estados Unidos.

Desde que atingiu seu pico histórico, em 4 de julho, o Ibovespa tem apresentado um viés baixista, saindo do patamar de 141 mil pontos para oscilar perto dos 135 mil pontos.

Para o trader Cândido Piovesan, da mesa de alocação da Nippur Finance, o índice está passando por um movimento de "correção natural" após as máximas históricas recentes.

"O mercado realiza lucros enquanto digere os ruídos políticos", afirmou Piovesan, acrescentando ver, estruturalmente, fundamentos positivos para o índice no médio e longo prazos.

Na análise gráfica Diário do Grafista, do Itaú BBA, estrategistas disseram que o Ibovespa testou a região dos 134.000 pontos e, abaixo desta, o índice ganhará força no movimento de queda em direção aos 132.800 e 127.900 pontos.

Na cena externa, os índices em Wall Street operavam em alta, com investidores avaliando os novos dados econômicos norte-americanos, como vendas no varejo, pedidos de auxílio-desemprego e preços de importados, enquanto os resultados positivos da TSMC impulsionavam as fabricantes de chips dos EUA.

No Brasil, a agenda macroeconômica contemplava a divulgação do IGP-10, que passou a recuar 1,65% em julho em meio à queda generalizada dos preços aos produtores.

 

DESTAQUES

- BRASKEM PNA (BVMF:BRKM5) avançava 0,66%, tendo como pano de fundo autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para potencial transação envolvendo as ações de emissão da NSP Investimentos, holding da Novonor (antiga Odebrecht), que detém participação controladora na Braskem.

- BANCO DO BRASIL ON (BVMF:BBAS3) era negociada em baixa de 0,86%, com o setor bancário em dia misto. ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) subia 1,17%, BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) perdia 0,81% e SANTANDER BRASIL UNIT (BVMF:SANB11) tinha acréscimo de 0,4%.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) caía 0,47%, apesar de uma sessão levemente favorável para os preços do petróleo no mercado externo. A CEO da estatal, Magda Chambriard, disse à Reuters que a empresa não está preocupada com a tarifa de 50% dos Estados Unidos e que pode vender petróleo para outros mercados. No radar também está a notícia de que a companhia considera retornar ao varejo de venda de combustíveis para limitar os preços nas bombas. VIBRA ENERGIA ON tinha queda de 3,24%.

- VALE ON (BVMF:VALE3) subia 0,42%, na segunda sessão consecutiva de alta para os futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian avançou 1,81%, a 785,5 iuanes (US$109,39) a tonelada.

- HYPERA ON perdia 2,82%, devolvendo os ganhos da véspera, quando fechou em alta de 2,83%. Apesar do movimento no dia, o papel ainda acumula valorização de mais de 50% no ano.

- WEG ON (BVMF:WEGE3) operava em alta de 1,24%, com analistas do Itaú BBA apontando que os resultados favoráveis reportados pela concorrente suíça ABB (ST:ABB) podem ser um indicador positivo para os números do segundo trimestre da Weg. "Estamos confiantes de que a Weg vai reacelerar seu impulso de ganhos no futuro, apoiando assim nossa visão positiva de longo prazo sobre a ação", afirmaram em relatório. O Itaú BBA tem classificação "outperform" e preço-alvo de R$65 para o papel da companhia.

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