Ibovespa tem pregão instável com alta de Petrobras e queda de Vale

SÃO PAULO - O mercado brasileiro vive uma terça-feira (19) de instabilidade na Bolsa após a série de nove altas consecutivas do Ibovespa. A alta de Petrobras (SA:PETR4) contrasta com a queda de Vale (SA:VALE5). Além disso, a falta de tendência é observada nas bolsas europeias e em Wall Street com investidores digerindo resultados trimestrais enquanto os preços do petróleo recuam. Já o dólar engata firme avanço frente ao real.

Por aqui, há também certa expectativa com iniciativas do governo. Michel Temer se reúne com integrantes da equipe econômica para discutir medidas de estímulo ao ambiente de negócios.

De acordo com a Folha de S.Paulo, eles discutirão propostas como a liberação de venda de terras a estrangeiros e de dívidas ativas da União no mercado. Corte de despesas também deve entrar na pauta. Henrique Meirelles quer anunciar um contingenciamento da ordem de R$ 20 bilhões até o fim da semana, segundo a Bloomberg News.

Além disso, o FMI elevou pela primeira vez a previsão para o PIB do Brasil em 2016. Agora, a expectativa do órgão internacional é que a economia recue 3,3% frente uma queda de 3,8% prevista anteriormente. Já para o ano que vem, a expectativa é que o país reencontrará o caminho do crescimento, com uma estimativa de avanço de 0,5% no PIB em 2017.

Por volta de 11h05, o principal índice de ações da Bolsa de Valores de São Paulo tinha elevação de 0,27%, aos 56.638 pontos. Entre as mais líquidas, enquanto as ações da Petrobras subiam 2,42%, as da Vale exibiam tombo de 2,69%.

A mineradora reflete a queda nas cotações do minério de ferro e acompanha a desvalorização do setor em nível global após a rival Rio Tinto (LON:RIO) divulgar um crescimento da produção de minério de ferro abaixo do esperado.

Já a estatal petrolífera avança mesmo diante da queda no petróleo. A empresa quer decidir o rumo da BR Distribuidora ainda neste mês, segundo comunicado. Além disso, a companhia iniciou ação judicial contra o grupo Astra nos Estados Unidos, com o objetivo de obter indenização por prejuízos decorrentes do que classificou como condutas ilícitas relacionadas à compra da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006.

No câmbio, o dólar à vista tinha elevação de 0,78%, cotado a R$ 3,2778, barrando longa sequência de baixa. O Banco Central conseguiu colocar no mercado todos os 10 mil contratos de swap cambial reverso, operação equivalente a uma compra futura de dólares.