Por Andre Romani
SÃO PAULO (Reuters) - A operadora de shoppings centers Iguatemi (BVMF:IGTA3) divulgou nesta terça-feira lucro líquido de 64,8 milhões de reais no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de 83 milhões no mesmo período de 2021.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de 165,8 milhões de reais entre julho e setembro, alta de 15% na base anual. A margem Ebitda caiu de 67,7% para 65,2%.
Analistas, em média, esperavam Ebitda de 181,5 milhões de reais, segundo pesquisa da Refinitiv.
As vendas em mesmas lojas nos shoppings da empresa avançaram 19,6%, e ficaram cerca de 30% acima dos patamares de 2019. Os aluguéis em mesmas lojas subiram 35,7% frente a um ano antes e 62% acima de 2019. As vendas totais cresceram 22,8%, para 4 bilhões de reais, avanço semelhante na comparação com o terceiro trimestre de 2019.
Assim, a receita líquida subiu 19,5% no trimestre, para 254,3 milhões de reais, enquanto os custos e despesas avançaram 10,2%, a 97 milhões de reais.
O resultado veio alguns dias depois da rival Multiplan (BVMF:MULT3) divulgar que seu lucro do terceiro trimestre quase dobrou e que as vendas nos shoppings que administra subiram 28,3% sobre um ano antes, com as vendas mesmas lojas avançando 23,9%.
A Iguatemi destacou o menor impacto no seu balanço do investimento na Infracommerce, que vinha pressionando seus resultados nos últimos trimestres, após reorganizar a fatia que detém na plataforma de comércio eletrônico.
"A partir de 30 de setembro de 2022, a participação na empresa foi contabilizada em investimentos permanentes, reduzindo a volatilidade no resultado financeiro e passando a ser tratado por equivalência patrimonial", disse Cristina Betts, presidente da Iguatemi, no balanço.
A executiva observou ainda que a participação foi diluída já que a Iguatemi não entrou em um aumento de capital da Infracommerce, sendo agora de 8,4%, de 11,2%. A ação da Infracommerce subiu 35,8% no terceiro trimestre, após dois trimestres de queda.