Por Chen Aizhu
CINGAPURA (Reuters) - As importações de petróleo da China em 2019 cresceram 9,5% ante 2018, estabelecendo um recorde pelo 17º ano consecutivo, à medida que um aumento da demanda puxado por novas refinarias construídas no ano passado impulsionou as compras do maior importador global da commodity, segundo dados divulgados nesta terça-feira.
No ano passado, a China importou um recorde de 506 milhões de toneladas de petróleo bruto, segundo dados da Administração Geral de Alfândegas. Isso equivale a 10,12 milhões de barris por dia (bpd), de acordo com os cálculos da Reuters.
As importações de petróleo da China têm estabelecido recordes em todos os anos desde 2003, segundo dados de alfândega do Refinitiv Eikon.
Em dezembro, as importações foram de 45,48 milhões de toneladas, o equivalente a 10,71 milhões de barris por dia, de acordo com cálculos da Reuters, o terceiro nível mais alto já registrado em base diária, embora abaixo do recorde de 11,13 milhões de bpd em novembro.
O aumento anual nas importações equivale a 882 mil bpd em compras adicionais, em grande parte devido à demanda de novas refinarias que adicionaram 900 mil bpd à capacidade de processamento de petróleo da China, embora algumas das unidades tenham começado a operar apenas em dezembro.
As importações de dezembro foram impulsionadas pelas refinarias privadas, que buscaram utilizar ao máximo suas cotas anuais de importação.
O ano de 2019 marcou a maior penetração de empresas privadas no negócio de refino na China desde a emergência, entre 2016 e 2018, de refinarias independentes de menor porte conhecidas no mercado como "teapots".