Por Andrew Galbraith e Noah Sin
(Reuters) - Os índices acionários chineses registraram seu maior ganho diário em um mês, ao mesmo tempo em que o iuan se firmou nesta segunda-feira, depois que os presidentes da China e dos Estados Unidos concordaram sobre uma trégua temporária em uma intensa guerra comercial, mas as perspectivas de longo prazo para as relações comerciais e os mercados chineses continuam obscuras.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 2,8 por cento, enquanto o índice de Xangai teve alta de 2,6 por cento.
O acordo entre o presidente Donald Trump e Xi Jinping adiou a ameaça mais urgente para as economias globais e chinesa - a forte elevação de tarifas dos EUA sobre produtos chineses que estava agendada para 1º de janeiro.
As notícias ofereceram algum alívio para os mercados de ações da China, que caíram mais de 20 por cento em um ponto este ano, provocando uma série de medidas oficiais de apoio.
"Este é um rali de alívio. Não acho que precisávamos de muita desculpa (para uma recuperação)", disse Paul Kitney, estrategista-chefe de ações da Daiwa Capital Markets.
O acordo "não é um cessar-fogo, é apenas uma redução das tensões. As tarifas existentes ainda estão tendo impacto negativo sobre a economia chinesa e elas ainda não foram embora".
As ações de fabricantes de autopeças com operações no exterior e revendedores de automóveis aumentaram durante o pregão, enquanto as montadoras nacionais reduziram os ganhos, depois que Trump disse no domingo que a China concordou em "reduzir e remover" as tarifas sobre carros dos EUA.
O iuan subiu 1,02 por cento - seu maior ganho diário desde 15 de fevereiro de 2016 - rompendo a marca de 6,89 por dólar, fechando a 6,8885 por dólar.