NOVA YORK (Reuters) - O S&P 500 encerrou outra semana turbulenta em alta nesta sexta-feira, mas os principais índices registraram sua pior semana de perdas desde o início de fevereiro à medida que a ameaça do presidente Donald Trump de impor tarifas sobre importações de aço e alumínio agitou investidores.
O Dow Jones caiu 0,29 por cento, a 24.538, o S&P 500 ganhou 0,51 por cento, a 2.691 pontos, e o Nasdaq Composite avançou 1,08 por cento, a 7.257 pontos.
Na semana, o S&P 500 caiu 2 por cento, enquanto Dow recuou 3 por cento e o Nasdaq perdeu 1 por cento.
Os ganhos nesta sexta-feira ocorreram após investidores que haviam se assustado com a perspectiva de uma guerra comercial global diminuírem essas preocupações e notarem que uma guerra comercial está longe de ser certa a esta altura.
Na quinta-feira, Trump ameaçou impor uma tarifa de 25 por cento sobre importações de aço e 10 por cento sobre alumínio, sem isenções para qualquer países, iniciando uma liquidação em um mercado já aflito devido às crescentes taxas de juros dos EUA e rendimentos dos Treasuries.
Trump assumiu um tom desafiador nesta sexta-feira, dizendo que guerras comerciais eram "boas e fáceis de ganhar", e o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, aparecendo na CNBC, disse que as tarifas teriam um "efeito trivial".
Phil Orlando, estrategista-chefe de capital na Federated Investors, disse que o anúncio de Trump foi feito para chamar a atenção de todos para o déficit comercial dos EUA, mas investidores decidiram que uma guerra comercial global não iria acontecer.
"Para um cara do mercado imobiliário como aquele, você bate o pódio, agita alguns sabres, você ganha a atenção de todo mundo e então você volta a negociar um meio termo razoável."
As tarifas poderiam prejudicar os lucros de todos, desde fabricantes de carros a companhias de cerveja, e resultar em preços mais elevados para consumidores.
As ações de grandes companhias e fabricantes de aço dos EUA estavam sob pressão por incertezas sobre os efeitos das tarifas.
As ações da Caterpillar, compradora de matérias primas e grande exportadora de máquinas para construção, caíram 2,6 por cento após cair 2,8 por cento na sessão do dia anterior. A General Motors (NYSE:GM) caiu 1 por cento.
(Por Caroline Valetkevitch; reportagem adicional de Herbert Lash, Ankur Banerjee e Sruthi Shankar)
(Tradução Redação São Paulo, 5511 56447765))
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