WASHINGTON (Reuters) - Grandes montadoras, fornecedores e revendedores de automóveis lançaram uma nova coalizão nesta terça-feira para estimular o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a não se retirar do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês).
As associações de comércio de automóveis que representam a General Motors (N:GM), Toyota Motor (T:7203), Volkswagen AG (DE:VOWG_p), Hyundai Motor (KS:005380), Ford Motor (N:F) e quase todas as demais principais montadoras, fazem parte do grupo chamado "Driving American Jobs".
O objetivo é apoiar uma campanha para convencer a Casa Branca e os eleitores de que o acordo tem sido fundamental para impulsionar a produção e o emprego no setor automotivo norte-americano.
Trump ameaçou retirar os EUA do acordo comercial com o Canadá e México, que é amplamente utilizado pelas montadoras que possuem redes de produção e fornecimento espalhadas pelos três países.
O setor une-se à Câmara de Comércio dos EUA e a outros grandes grupos empresariais que se tornaram mais participativos nas últimas semanas ante os esforços da Trump para mudar o acordo de 23 anos.
A coalizão, que inclui a Associação de Fabricantes de Motores e Equipamentos e a Associação Americana de Comerciantes de Automóveis, disse que o encerramento do Nafta, que envolve 1,2 trilhão de dólares anualmente em comércio entre os três países, colocaria em risco os empregos do setor automotivo dos EUA.
"Precisamos que você diga a seus funcionários eleitos que você não muda o jogo no meio de uma recuperação. Estamos ganhando com o Nafta", disse o grupo em seu site.
A campanha ocorre em meio a uma crescente preocupação de que a administração Trump poderia sair do tratado no início de 2018, um movimento que exporia as montadoras a tarifas elevadas para os que estão construindo caminhões no México e impor novas tarifas para peças e carros fabricados em toda a América do Norte.
Trump disse à Fox Business Network em uma entrevista exibida no último domingo que acredita que o acordo "provavelmente" será renegociado, mas que vai retirar o país do acordo se as mudanças não forem justas.
(Por David Shepardson)