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Inter (INTR32): Como analistas avaliaram o balanço do banco digital?

Publicado 07.08.2024, 15:05
© Inter
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Investing.com – As ações do Inter (NASDAQ:INTR) negociadas na bolsa de valores americana oscilam no pregão desta quarta, 07, com baixa de 1,34% às 15h (de Brasília), a US$6,25, após o banco digital divulgar seu balanço referente ao segundo trimestre. Após rali de 15% nos últimos três meses, os dados foram considerados positivos por analistas, ainda que com algumas ressalvas, mas vieram praticamente conforme esperado e não animaram os investidores.

O lucro do banco digital somou R$223 milhões no segundo trimestre deste ano, ante R$64 milhões no mesmo período do ano passado. O lucro veio praticamente em linha com o consenso, que estimava em torno de R$220 milhões. Pela primeira vez, o banco digital apresentou retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) acima de dois dígitos, atingindo 10% - mesmo assim, ainda longe da rentabilidade de grandes bancos, como o Itaú (BVMF:ITUB4), que registrou ROE de anualizado de 22,4%.

Os resultados foram considerados como ligeiramente positivos pela XP Investimentos (BVMF:XPBR31), praticamente em linha com as projeções de seus analistas e as de consenso. Rentabilidade em trajetória de alta, crescimento da base de clientes ativos, para 33,3 milhões, expansão significativa da carteira de crédito, e melhor qualidade de crédito estiveram entre os pontos ressaltados pelos analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre.

“Vale a pena notar que o crescimento do NII ficou atrás do crescimento da carteira de crédito, indicando um ritmo mais lento de reprecificação da carteira”, ponderam os analistas da XP, que seguem com compra no papel, mas enxergam upside menor após apreciação recente dos papéis.

Analistas do Itaú BBA consideram o balanço como positivo e com dados fortes, com lucro líquido superando as estimativas de R$216 milhões. Crescimento sólido da carteira de crédito, aumento da receita de serviços e qualidade de crédito decente estiveram entre os gatilhos positivos.

Os analistas Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard mencionam aceleração na carteira de empréstimos, tendo como drivers Home Equity, empréstimos pessoais lastreados no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e PMEs. Incrementos em cartões de crédito e na receita líquida em geral também estiveram entre os destaques, assim como a diminuição dos NPLs, diante da ampliação de renegociações no estado do Rio Grande do Sul, que foi afetado por fortes chuvas no trimestre.

“A carteira de empréstimos aumentou 11% em relação ao trimestre anterior e 35% em relação ao ano anterior, liderada pelo patrimônio imobiliário e pelas PMEs. O NII cresceu 6% em relação ao trimestre anterior, com uma expansão de 10 bps do NIM ajustado ao risco”, detalharam.

Por outro lado, os analistas citaram como única desvantagem a expansão em despesas gerais e administrativas, principalmente gastos de pessoal e de marketing. Aumentos de salários e elevação no número de funcionários são pontos a serem monitorados. Mesmo assim, a indicação do Itaú BBA segue como outperform, equivalente à compra, com preço-alvo de US$8.

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