A divulgação do relatório de produção e vendas da Vale (BVMF:VALE3) nesta terça-feira, 18, mostra que a empresa alcançou certa recuperação em seus resultados operacionais, indicando estabilidade na produção. O destaque positivo para a mineradora foi a maior participação de produtos de melhor qualidade no mix e realização de preços, segundo avaliação da estrategista-chefe do Inter, Gabriela Joubert.
A analista destaca que houve desempenho razoável nas operações de níquel e cobre. A produção de cobre registrou aumento de 43,3% na comparação anual e 17,7% ante o primeiro trimestre do ano. Quanto ao níquel, o volume produzido ficou 7,9% na relação anual, mas 21,5% abaixo ante os três primeiros meses do ano.
Sobre o minério de ferro, principal produto comercializado pela Vale, a analista afirma que a demanda na China continua fraca, o que mantém o patamar desafiador para a comercialização da commodity.
"Reduzimos nossas projeções de vendas para o ano, uma vez que a demanda na China segue com seus desafios, o que deve limitar a recuperação do volume vendido no segundo semestre de 2023", afirmou Gabriela.
O Inter mantém recomendação neutra para a Vale, com preço-alvo em R$ 77, o que representa um potencial de valorização em 14,2% ante o último fechamento.
No que tange preços, a comercialização de minério de ferro ficou em US$ 98,5 por tonelada. O Inter destacou que a cotação seguiu a queda do produto de referência, porém limitado pelo melhor mix, apesar dos menores prêmios nos mercados internacionais.
Quanto à produção de pelotas e minério de ferro, o banco reconheceu avanços nos resultados divulgados pela mineradora.