Por Marcelo Silva
Investing.com - Com pouco destaques na agenda de indicadores, os investidores domésticos operam nesta segunda-feira à espera do início do julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, de 2014, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O julgamento começa nesta terça-feira, mas há a expectativa que a sessão seja interrompida pelo pedido de vistas de um dos ministros da Corte logo após o relator do processo, o ministro Herman Benjamin, apresentar seu parecer, o que adiaria o julgamento por tempo indeterminado.
Também estará no radar dos investidores a expectativa pela quebra de sigilo das delações dos ex-executivos da Odebrecht pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Eventuais preocupações dos parlamentares podem atrasar ainda mais o andamento da reforma da Previdência no Congresso.
Os investidores digerem ainda a decisão do presidente Michel Temer de sancionar o projeto de terceirização. A sanção ocorreu na sexta-feira após o fechamento das operações do Ibovespa.
Ainda no ambiente político, a escolha de Temer para o Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região reacende as preocupações sobre novas tensões entre o presidente e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), já que o indicado do parlamentar não foi contemplado.
Do exterior, os movimentos das bolsas internacionais e dos preços de commodities também estarão no radar dos agentes locais. Petróleo opera em leve alta, enquanto o minério de ferro não teve alteração com as bolsas chinesas tendo permanecido fechadas por feriado local.
Na cena corporativa, o destaque é a decisão da Justiça Federal de Brasília de determinar o afastamento de Joesley Batista do conselho de administração da Eldorado Brasil e o bloqueio das ações da companhia em poder da holding de investimentos J&F, que pertence ao empresário. A holding controla a JBS (SA:JBSS3), que não está diretamente envolvida na operação Greenfield.
Além disso, a ANP multou o consórcio de Lula liderado pela Petrobras (SA:PETR4) em R$ 2,6 bilhões por divergência sobre royalties.