(Reuters) - A administradora de concessões de infraestrutura Ecorodovias (SA:ECOR3) teve queda nos principais indicadores do terceiro trimestre, refletindo a isenção da cobrança de pedágio do eixo suspenso de caminhões definida pelo governo federal.
A empresa anunciou nesta terça-feira que seu lucro de julho a setembro somou 94,7 milhões de reais, uma queda 24,1 por cento ante mesma etapa de 2017.
A receita líquida pró-forma no trimestre ficou estável no comparativo anual, em 629,8 milhões de reais. Mas o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 3,1 por cento, a 442,2 milhões de reais, também pró-forma. A margem Ebitda recuou 2,3 pontos percentuais, para 70,2 por cento.
A Ecorodovias atribuiu a queda no resultado principalmente "à queda de tráfego em função do impacto da não cobrança dos eixos suspensos dos caminhões que será objeto de reequilíbrio contratual". A medida foi uma consequência da greve dos caminhoneiros, que paralisou o país na segunda metade de maio.
O volume de tráfego consolidado das rodovias administradas pela Ecorodovias, incluindo Imigrantes e Ecopistas, caiu 2,2 por cento ano a ano. Desconsiderando a isenção para eixos suspensos, o consolidado teve crescimento de 0,5 por cento.
Mas a tarifa média por veículo equivalente também cedeu 1 por cento, devido principalmente ao reajuste da ECO101 negativo de 4,2 por cento e pela estabilidade da tarifa média na Ecovias dos Imigrantes, em função da maior representatividade de tráfego nas praças de pedágio com tarifas menores.
Em compensação, as despesas administrativas e os custos operacionais tiveram redução de 3,6 por cento ano a ano, para 428,3 milhões de reais.
A Ecoroovias fechou setembro com uma dívida líquida de 4,56 bilhões de reais, um aumento de 9,3 por cento em 12 meses. A relação dívida líquida/Ebitda evoluiu de 2,45 para 2,57 vezes.
(Por Aluísio Alves)