MILÃO (Reuters) - O banco italiano Monte dei Paschi di Siena divulgou nesta sexta-feira que teve prejuízo de 3,5 bilhões de euros em 2017, pressionado por maiores provisões para perdas, receitas em queda e baixas extraordinárias.
O banco da Toscana foi salvo da falência no ano passado num resgate de 8,1 bilhões de euros, incluindo uma injeção de 3,9 bilhões de euros de capital do governo no banco mais antigo do mundo em operação, com investidores assumindo o resto do custo.
O banco fez uma baixa para empréstimos e outros ativos financeiros no valor de 5,5 bilhões de euros para abrir caminho para a venda de 24 bilhões de euros em calotes, o que deve reduzir o estoque de empréstimos vencidos a 21 bilhões de euros este ano.
No quarto trimestre, o banco registrou uma baixa extra de 170 milhões de euros ligada à venda de seu negócio de recuperação de dívidas. O Monte dei Paschi também teve um custo de 166 milhões de euros com assuntos legais.
O banco, que já havia tido prejuízo de 3,2 bilhões de euros em 2016, prevê ter um lucro de 570 milhões de euros em 2019, no âmbito de um plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia para obter uma luz verde para o resgate.
O banco, que no ano passado cortou seus empréstimos aos clientes em um quinto, disse que as receitas caíram 6 por cento e sua perda operacional subiu 40 por cento. O custo operacional teve queda de 3 por cento.
(Reportagem de Valentina Za)