SÃO PAULO (Reuters) - O Itaú Unibanco revelou nesta terça-feira que estuda o que fazer com seu investimento bilionário na maior corretora independente de investimentos do país, a XP, com as opções envolvendo cisão e venda de uma fatia.
O banco afirmou que os estudos estão em "estágio avançado" e que tratam da segregação de participação de 41,05% na XP em uma nova empresa que terá capital aberto. Uma fatia restante de 5% seria oferecida aos mercados onde os papéis da XP são listados na forma de ofertas públicas.
O anúncio foi feito cinco dias depois que o Itaú Unibanco anunciou a eleição de Milton Maluhy Filho como novo presidente-executivo, em substituição a Candido Bracher, que completará a idade limite estatutária de 62 anos em dezembro.
Segundo o fato relevante, se o conselho de administração optar por levar a cisão adiante, os acionistas do Itaú Unibanco receberiam participação acionária na nova empresa, cujo único ativo seria "aquela linha de negócio representada por tais ações do capital da XP". A nova empresa passaria a fazer parte do acordo de acionistas da XP, segundo o Itaú.
Já a venda da fatia de 5% serviria para "monetizar parte de seu investimento, o que geraria aumento do índice de Capital Principal de Basileia III", afirmou o banco, cujas ações encerraram o dia em alta de 2,5%. Os papéis da XP fecharam com ganho de 3%, a 42,34 dólares.
(Por Alberto Alerigi Jr.)