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Juros futuros curtos sobem puxados pelo PIB

Publicado 01.09.2023, 17:01
Atualizado 01.09.2023, 17:05
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Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos contratos futuros de juros de curto prazo fecharam a sexta-feira em leve alta no Brasil, reagindo ao PIB acima do esperado, enquanto as taxas longas migraram para o negativo no fim da sessão, após declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre possíveis impactos positivos da atividade na arrecadação do governo.

Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Produto Interno Bruto do Brasil cresceu 0,9% no segundo trimestre, na comparação com os três meses anteriores. O resultado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters, de um avanço de 0,3%.

Os dados do PIB, na visão Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, reforçaram a visão de que o Banco Central não terá espaço para acelerar no curto prazo o processo de cortes da taxa básica Selic, atualmente em 13,25% ao ano.

“O PIB acima do esperado, juntamente com o último IPCA-15, indica que temos uma inflação mais forte, esvaziando a chance de uma aceleração dos cortes (da Selic) para 75 pontos-base. Assim, temos uma alta (das taxas) nos vértices mais curtos”, comentou Spiess durante a tarde.

Na ponta longa da curva a termo, taxas também subiram em boa parte da sessão, ainda refletindo certo desconforto com a proposta de Orçamento para 2024 enviada pelo governo ao Congresso na quinta-feira.

Economistas e agentes do mercado têm demonstrado desconfiança no cumprimento da meta para o próximo ano, de resultado primário zerado, porque isso pressupõe aumento da arrecadação. Profissionais ouvidos pela Reuters nos últimos dias têm afirmado que a meta de primário zero não é impossível, mas é pouco factível.

A proposta enviada ao Congresso prevê um superávit primário de 2,8 bilhões de reais no ano que vem. Para cobrir as despesas e alcançar o resultado levemente positivo, o governo conta com receitas de 168,5 bilhões de reais de novas ações arrecadatórias propostas nos últimos meses, incluindo medidas ainda não aprovadas.

Em evento durante a tarde desta sexta-feira, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu que o PIB “foi bastante bom” e que deve “inclusive refletir numa arrecadação melhor”. Ao mesmo tempo, pontuou que o crescimento da despesa primária no Brasil é "bastante alto" quando comparado com países desenvolvidos e outros emergentes.

Na reta final dos negócios, após os comentários de Campos Neto, os juros longos migraram para o negativo e encerraram em leve baixa.

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2024 estava em 12,385%, ante 12,391% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,57%, ante 10,529% do ajuste anterior. A taxa para janeiro de 2026 estava em 10,18%, ante 10,15%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,34%, ante 10,349%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 10,615%, ante 10,638%.

Perto do fechamento a curva a termo precificava 8% de chances de o corte da Selic em setembro ser de 0,75 ponto percentual. Já as chances de corte de 0,50 ponto eram precificadas em 92%.

A leve baixa na ponta longa da curva brasileira foi verificada a despeito de, no exterior, os rendimentos dos Treasuries longos seguirem em alta, após a divulgação de novos dados sobre a economia norte-americana.

A criação de vagas fora do setor agrícola totalizou 187 mil empregos no mês passado nos EUA, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório de emprego. Os dados de julho foram revisados para baixo, mostrando 157 mil empregos criados, em vez dos 187 mil relatados anteriormente. Economistas consultados pela Reuters previam que o saldo de vagas ficaria em 170 mil empregos no mês passado.

Já a taxa de desemprego dos EUA aumentou para 3,8%, de 3,5% em julho, à medida que mais pessoas entraram na força de trabalho. O salário médio por hora aumentou 0,2%, depois de ter subido 0,4% em julho.

Às 16:47 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos --referência global para decisões de investimento-- subia 9,20 pontos-base, a 4,1827%.

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