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Juros: taxas abrem estáveis, mas longos batem máximas com novos ruídos políticos

Publicado 05.07.2021, 06:42
Atualizado 05.07.2021, 10:10
Juros: taxas abrem estáveis, mas longos batem máximas com novos ruídos políticos
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As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) abriram praticamente estáveis nesta segunda-feira de liquidez reduzida pelo feriado americano que mantém os mercados fechados nos EUA. Pouco depois, bateram máximas com viés de alta em vencimentos longos e intermediários, num movimento alinhado com a virada do dólar, que passou a avançar levemente. O estresse com o cenário político - que traz novos elementos sobre suposta compra superfaturada da Covaxin, gravações sobre envolvimento de Jair Bolsonaro em esquema de "rachadinha" antes da ascensão à Presidência da República, novo orçamento "secreto" do governo federal e crise sobre a reforma tributária - exigem cautela dos agentes do mercado, segundo analistas. As novas projeções para IPCA e Selic em 2022 apoiam de estabilidade a uma leve queda do juro curtíssimo.

"A intensificação de ruídos políticos (...) estimula uma postura defensiva", escreve Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria. Por outro lado, as novas projeções do Focus - para IPCA e Selic em 2022 - pode influenciar as taxas curtas. Segundo o analista da Tendências, os DIs curtos poderão assimilar "a acomodação pela terceira semana seguida das expectativas para o IPCA de 2022 (hoje com leve queda inclusive), o que pode estimular apostas na curva de alta de 75 bps em agosto, ainda que a precificação majoritária deva continuar em 100 bps".

Reportagem exclusiva do UOL traz evidências sobre envolvimento de Bolsonaro em esquema de "rachadinha" antes de ele assumir como presidente da República. "As gravações obtidas (...) deverão ser observadas com cautela", diz boletim da Renascença Corretora.

Sobre o escândalo de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin, o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, trouxe novo elemento ao revelar documento do Ministério da Saúde contendo a informação de que o valor da dose da vacina indiana, cuja compra foi intermediada pela Precisa, era de US$ 10 a unidade. O preço fechado no contrato foi de US$ 15, ou seja, 50% a mais. "A CPI tem que investigar a fundo quem é que está tirando essas vantagens", disse o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 no Senado, Omar Aziz.

Além disso, manchete do Estadão desta segunda-feira mostra que o governo de Jair Bolsonaro voltou a disponibilizar recursos via orçamento secreto, caso do "Tratoraço", e autorizou o repasse de R$ 2,1 bilhões em emendas do relator-geral do Orçamento para fundos municipais de saúde. A transferência das verbas está prevista em 28 portarias assinadas na semana passada, entre 28 e 30 de junho, pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Outro embate do governo de Jair Bolsonaro é sobre a reforma tributária, cuja articulação governista promete a votação de forma rápida, antes do recesso parlamentar. Contra a reforma e uma célere discussão dos detalhes da proposta, a Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo marcou posição. "Há claro aumento da complexidade e do custo tributário brasileiro", diz nota da frente.

O Relatório de Mercado Focus, divulgado na manhã desta segunda pelo BC, trouxe elevação do IPCA para 2021 subiu de 5,97% para 6,07%. Já a projeção do IPCA para 2022 teve leve queda de 3,78% para 3,77%. A estimativa para a alta do PIB de 2021 passou de alta de 5,05% para 5,18%. A projeção da Selic no fim de 2021 não foi alterada (6,50%), mas a de 2022 subiu de 6,50% para 6,75% ao ano.

O DI para janeiro de 2022 abriu a 5,655% ante 5,692% no ajuste anterior. DI para janeiro de 2023 abriu a 7,03% ante 7,07% no ajuste anterior. DI para janeiro de 2025 abriu a 8,15% mesma taxa no ajuste anterior e marcou máxima a 8,16%. DI para janeiro de 2027 abriu a 8,60%, mesma taxa no ajuste anterior, foi a 8,63% na máxima.

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