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Juros: Taxas longas caem alinhadas ao movimento dos Treasuries e curtas ficam de lado

Publicado 25.04.2023, 15:13
Juros: Taxas longas caem alinhadas ao movimento dos Treasuries e curtas ficam de lado
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Os juros futuros de médio e longo prazos fecharam a sessão em queda, enquanto os curtos terminaram perto da estabilidade, em desenho definido no período da tarde. Pela manhã, as taxas rondavam os ajustes de ontem, mas a ampliação do recuo dos yields dos Treasuries na etapa vespertina contagiou a curva local a partir dos vértices intermediários, reduzindo a inclinação. O exterior se impôs na medida em que internamente o dia não trouxe catalisadores para os negócios, nem com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) nem com a audiência do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 13,18%, de 13,20% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2025 caiu a 11,80%, de 11,88% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 11,72%, de 11,86% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2029 passou de 12,26% para 12,12%.

As taxas percorreram a manhã de lado, com o mercado monitorando o exterior e declarações de Campos Neto na CAE. No que diz respeito à política monetária, ele não disse nada que já não tenha manifestado, pessoalmente ou via documentos do Copom, o que explica a ancoragem dos DIs curtos perto dos ajustes anteriores.

Entre os argumentos utilizados para explicar aos parlamentares por que a Selic está elevada, em 13,75%, Campos Neto destacou as mais de 14 semanas consecutivas de piora de expectativas de inflação e que o núcleo rodando em 7,80% é um nível bastante alto para a meta de 3,25% em 2023. "Temos um componente de demanda na inflação brasileira. Estamos com juro que é compatível com esse tipo de problema. Entendemos que a inflação está caindo, mas precisamos esperar os próximos dados para vermos como será a atuação do BC", disse. Afirmou ainda não ser capaz de dizer quando o Copom vai reduzir o juro. Enquanto isso, na Espanha, o presidente Lula voltou a criticar o patamar da Selic, comentando ser "impossível fazer investimento" com a taxa a 13,75%.

"A curva permanece praticamente estacionada em níveis muito próximos ao fechamento de ontem, aguardando o IPCA-15 amanhã e dados de serviços do IBGE a serem divulgados na quinta. Além disso, estamos na semana que antecede a decisão do Copom e com estes dados em linha ou abaixo das expectativas podemos ver o mercado chegar na véspera da reunião com as taxas dos DIs buscando novas mínimas", afirmou Leonardo Monoli, diretor de Gestão da Azimut Brasil Wealth Management.

À tarde, a queda das taxas dos Treasuries ganhou tração e levou junto a curva brasileira, com as taxas renovando mínimas em sequência. O yield da T-Note de 2 anos caiu abaixo de 4,00% e o da T-Note de 10 anos furou 3,40%. As chances de alta de juro na reunião do Federal Reserve na próxima semana, que ontem superavam 90%, hoje caíram a 73%, pela apuração do CME Group.

Os rendimentos já cediam pela manhã com a inesperada queda no índice de confiança do consumidor apurado pelo Conference Board, mas aceleraram o recuo com a piora na percepção sobre o setor bancário nos Estados Unidos.

Assim como ontem, a liquidez foi reduzida no mercado de juros, pela postura dos agentes de aguardar o desenrolar da agenda de indicadores e eventos da semana. Amanhã tem IPCA-15 de abril e na sexta-feira, índice de preços dos gastos com consumo (PCE, em inglês) de março nos Estados Unidos.

Além disso, há expectativa pela tramitação do novo arcabouço fiscal no Congresso. Há algum receio sobre o quanto a possível instalação da CPMI para investigar os atos de 8 de janeiro pode atrapalhar o processo, mas a sinalização vinda do Legislativo dá algum alento ao investidor.

"Diante da perspectiva de a presidência da comissão ficar com o governo, e contando com as declarações de Lira de que não quer que esses debates provoquem atrasos, acho que não teremos muitos percalços", afirma o economista-chefe da BGC Liquidez, Juliano Ferreira.

As vendas do varejo em fevereiro vieram dentro do intervalo das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast. No conceito restrito, na margem, caíram 0,1%, pouco menos do que apontava a mediana de -0,2% (intervalo de -1,7% a +0,8%). No ampliado, subiram 1,7% na margem, acima da mediana de +0,7% (intervalo de -2,7% a +3,6%).

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