Por Jonathan Stempel
NOVA YORK (Reuters) - A Justiça dos Estados Unidos recusou um processo que acusava o bilionário Elon Musk e sua montadora de carros elétricos Tesla (NASDAQ:TSLA) de fraudarem investidores por meio da promoção da criptomoeda dogecoin, causando perdas de bilhões de dólares.
A decisão foi emitida na noite destsa quinta-feira pelo juiz distrital dos EUA, Alvin Hellerstein, em Manhattan.
Os investidores acusavam Musk de usar publicações no Twitter, uma aparição no programa "Saturday Night Live" em 2021 e outros truques publicitários para negociar às suas custas carteiras de dogecoin que ele ou a Tesla controlavam.
De acordo com os investidores, Musk deliberadamente aumentou o preço da dogecoin em mais de 36.000% ao longo de dois anos e depois a deixou despencar, com ele e a Tesla muitas vezes sincronizando negociações com as declarações públicas e atividades de Musk em relação à dogecoin.
Os investidores disseram que isso incluiu quando Musk vendeu dogecoin em abril de 2023, depois de substituir o logotipo do pássaro azul do Twitter, agora conhecido como X, pelo logotipo do cachorro Shiba Inu da dogecoin, fazendo com que o preço da dogecoin subisse 30%.
Ao pedir a rejeição do caso, os advogados de Musk disseram que os autores da ação ainda não tinham base, apesar de terem apresentado cinco versões do processo, que originalmente pedia 258 bilhões de dólares, ao longo de dois anos.
Os advogados disseram que não houve nada de errado com os "tuítes inócuos e muitas vezes bobos" de Musk sobre dogecoin e nenhuma prova de que o bilionário possuía duas carteiras onde negociações suspeitas foram realizadas, ou que ele ou a Tesla alguma vez venderam dogecoin.
No programa "Saturday Night Live", Musk chamou a dogecoin de "golpe" ao interpretar um especialista financeiro fictício em um segmento do programa "Weekend Update".