SÃO PAULO (Reuters) - A mineradora Samarco informou nesta segunda-feira que a Justiça deferiu pedido da companhia para postergar o prazo para um acordo sobre pagamentos de reparações aos atingidos pelo desastre do rompimento da barragem da empresa, há cerca de dois anos, em Mariana (MG).
O juízo postergou até 16 de novembro de 2017 o prazo para celebração do acordo, que vencia nesta segunda-feira, afirmou em nota a Samarco, uma joint venture entre as mineradoras Vale e BHP Billiton.
Várias ações foram movidas contra as empresas devido ao desastre que deixou 19 mortos, centenas de desabrigados e poluiu o rio Doce, que deságua no mar do Espírito Santo, causando o pior desastre ambiental do país.
Em uma das ações, o Ministério Público Federal (MPF) chegou a pedir que as mineradoras pagassem um total de 155 bilhões de reais em ações de mitigações e reparações.
"A Samarco informa que continua envidando os seus melhores esforços para concluir as negociações de um acordo na ação movida pelo Ministério Público Federal. Devido à complexidade do assunto, as partes solicitaram a prorrogação do prazo...", afirmou.
Já a BHP Billiton ressaltou em nota que em um acordo preliminar com o Ministério Público Federal conseguiu suspender pagamento de 1,2 bilhão de reais dentro da ação de 20 bilhões de reais.
(Por Roberto Samora)