RIO DE JANEIRO (Reuters) - A greve de caminhoneiros de 11 dias entre maio e junho deste ano afetou as atividades da Klabin (SA:KLBN11) e a normalização só deve ocorrer ao longo do terceiro trimestre, afirmou nesta quinta-feira o conselheiro da fabricante de papel para embalagem e celulose, Armando Klabin.
"A greve nos afetou como afetou todo o país", afirmou o membro do conselho de administração da Klabin em evento na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). "A situação ainda não está normalizada para nós, aos poucos estamos reconquistando a normalidade", acrescentou. "É difícil estimar quanto foi afetada (a produção com a greve) e acredito que até o final do terceiro trimestre isso estará resolvido."
Segundo Klabin, se as negociações do governo com caminhoneiros resultarem numa alta de custo de frete, esse aumento será repassado aos preços dos produtos. "Somos consequência do processo e não somos formatadores do processo. Ainda estamos no aguardo", disse ele sobre as discussões para a aprovação de uma tabela de preços mínimos de frete rodoviário.
NOVO CICLO DE EXPANSÃO
Questionado sobre os estudos da Klabin para um novo ciclo de investimento da companhia, o conselheiro afirmou que as análises ainda não foram finalizadas, apesar da expectativa de conclusão em meados deste ano.
Segundo Armando Klabin, qualquer programa de expansão nos mercados em que a companhia atua tem que contemplar a base florestal da empresa, desenvolvimento industrial e expansão via oportunidades de mercado, mas "por enquanto não há nenhuma empresa em vista".
"Sempre estamos atrás de florestas para manter nossa atividade em produção de celulose e papéis para embalagens", disse o executivo.
No final de abril, o diretor de planejamento da Klabin, Francisco César Razzolini, afirmou que a companhia deveria concluir em meados deste ano os estudos para um próximo ciclo de investimentos para crescimento orgânico.
(Por Rodrigo Viga Gaier)