Manágua, 27 jun (EFE).- O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega,
disse hoje que o Fundo Monetário Internacional (FMI) quer impor
condições que representam "ameaças de morte" para a economia de seu
país.
Em um ato realizado em Posoltega, no noroeste do país, Ortega
disse que o FMI - que chamou de "Fundo da Morte Internacional" -
quer que em seu país desapareçam as exonerações aos setores sociais,
meios de comunicação, igrejas e ONGs.
Segundo o líder, o fundo também quer que seu Governo aprove
imediatamente uma reforma tributária, o que significa mais impostos
para os nicaragüenses, em meio ao impacto da crise econômica e
financeira global.
Ortega disse ainda que o FMI quer a redução das pensões de
milhares de nicaragüenses.
"Querem nos tratar como escravos, e ameaçam que não haverá acordo
se não aceitarmos estas condições, que colocam a Nicarágua à beira
do abismo", disse.
O presidente da Nicarágua afirmou que o FMI tem de cumprir o que
foi dito por Estados Unidos e Europa, de que é preciso destinar
recursos rapidamente a países de economias pequenas para que se
defendam da crise mundial.
Se a Nicarágua conseguir chegar a um acordo com o FMI, poderá
receber este ano mais de US$ 35 milhões. EFE