DIYARBAKIR, Turquia (Reuters) - Três pessoas foram mortas no sudeste da Turquia, região de maioria curda, nesta terça-feira, depois que o líder islâmico de um grupo humanitário foi morto a tiros, o que desencadeou um confronto violento, disseram fontes de segurança, dois dias após o sucesso histórico dos curdos em uma eleição parlamentar.
O motivo dos assassinatos não ficou claro de imediato, embora tenha havido enfrentamentos esporádicos entre islâmicos e apoiadores do pró-curdo Partido Democrático do Povo (HDP) no sudoeste do país nos últimos anos.
Forças de segurança confirmaram que Aytac Baran, líder do grupo humanitário Yeni Ihya Der, foi atingido quando saía de seu escritório na cidade de Diyarbakir. Duas pessoas foram mortas durante o confronto que se seguiu, afirmaram as fontes de segurança, que inicialmente haviam falado em três mortos.
Três pessoas, uma com uma pistola, que se acredita estarem relacionadas com o ataque armado foram detidas pela polícia mais tarde, informou o Ministério do Interior em um comunicado.
O Yeni Ihya Der está ligado ao partido político islâmico Huda Par, que atrai apoio de simpatizantes do Hezbollah, grupo militante ativo nos anos 1990 e que hoje atua principalmente no Líbano e na guerra civil da Síria.
"Ele foi martirizado", declarou uma autoridade do Huda Par à Reuters, referindo-se a Baran, enquanto o HDP repudiou o crime. "Esperamos que os responsáveis pelo ataque sejam revelados de maneira que não deixe dúvidas", afirmou a legenda em uma declaração. "Esperamos que não se dê crédito a nenhuma mentalidade que tente virar nosso povo contra si mesmo".
(Por Seyhmus Cakan)