Por Dan Williams
JERUSALÉM (Reuters) - Uma onda de ataques de rua de palestinos contra israelenses que vem acontecendo há seis meses está diminuindo, afirmou neste domingo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, enquanto o Hamas acusa a liderança palestina apoiada pelos Estados Unidos de traição por ajudar Israel a conter a violência.
Desde outubro, palestinos mataram 28 israelenses e dois cidadãos norte-americanos em ataques com facas. Nas últimas semanas, esses ataques têm diminuído, passando de ocorrências quase diárias para incidentes esporádicos. O último ataque fatal ocorreu em 9 de março.
Durante essa onda de violência, forças israelenses mataram ao menos 190 palestinos, dos quais 129 seriam autores desses ataques de rua, segundo Israel. Outros foram mortos durante os confrontos e protestos. Palestinos e críticos estrangeiros têm acusado Israel de uso excessivo de força.
Esses episódios de violência seriam motivados pela angústia palestina em relação ao impasse das longas negociações sobre a soberania, maior acesso judeu à disputada Jerusalém e pelos pedidos islâmicos para a destruição de Israel.
Em declarações públicas, Netanyahu disse que a "ação firme contra o incitamento" das forças de segurança de Israel e as tentativas frustradas de agressores levaram a "uma queda significativa de ataques terroristas".
"Digo isso com grande cuidado, pois essa tendência pode ser revertida”, disse.
Netanyahu não fez menção à cooperação da segurança de Israel com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, cuja administração conta com o apoio dos EUA na Cisjordânia ocupada, onde ocorreu grande parte da violência.
Autoridades israelenses e palestinas citaram em diversas ocasiões um grau de cooperação na segurança, porém sem entrar em detalhes. A mídia israelense tem relatado um monitoramento de ambos os lados nas redes sociais em uma tentativa de identificar supostos responsáveis pelos ataques.
(Reportagem adicional de Nidal al-Mughrabi e Ali Sawafta)