CAIRO (Reuters) - Ataques aéreos liderados pela aviação saudita atingiram nesta terça-feira a capital iemenita, Sanaa, controlada pelos rebeldes houthis, enquanto o novo enviado da ONU, Ould Cheikh Ahmed, chegou ao Iêmen horas antes de um cessar-fogo de cinco dias, pactuado depois de mais de seis semanas de guerra.
Buscando reconduzir ao poder o presidente exilado Abd-Rabbu Mansour Hadi, uma aliança de nações árabes do Golfo Pérsico tem bombardeado desde 26 de março a milícia houthi, apoiada pelo Irã e alinhada com unidades do Exército iemenita que controlam grande parte do Iêmen.
A coalizão de países muçulmanos sunitas, liderada pela Arábia Saudita e apoiada pelos Estados Unidos, teme que os rebeldes xiitas houthis estejam sendo um instrumento do Irã, seu arquirrival, para expandir sua influência em sua região, dotada da enorme riqueza do petróleo.
O representante da ONU, o mauritano Ahmed, disse que havia ido ao país para preparar a trégua humanitária e dar impulso às estancadas conversações políticas entre as facções da guerra civil do Iêmen.
"Estamos convencidos de que não há solução para o problema do Iêmen, exceto por meio de um diálogo, que precisa ser iemenita", afirmou o enviado, citado pela agência estatal de notícias do Iêmen, a Saba, sob controle dos houthis.
Moradores de Sanaa disseram que houve três ataques aéreos contra uma base de contingentes do Exército alinhados com os houthis, no norte da capital.