Por Joe Brock
ST DENIS, Réunion (Reuters) - Destroços de um avião encontrados na Ilha de Réunion, no oceano Índico, que podem ser de um Boeing 777 desaparecido da Malaysia Airlines, foram levados à França nesta sexta-feira para averiguação.
A descoberta dos destroços, que podem finalmente confirmar que o avião caiu no mar após sair da rota durante um voo de Kuala Lumpur a Pequim com 239 passageiros e tripulantes a bordo, ajudaria a encerrar 16 meses de incertezas para familiares das vítimas.
Especialistas esperam que a superfície da asa, de cerca de 2 metros e conhecida como flap, e um fragmento de bagagem possam fornecer provas forenses sobre o destino do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido sem rastros desde março de 2014.
Um representante da companhia aérea e especialistas disseram que é quase certo que se trate de um componente de um Boeing 777, mesmo modelo do avião desaparecido. Mas parentes, autoridades, a companhia aérea e governos precisam aguardar o resultado dos testes.
Investigadores acreditam que alguém deliberadamente desativou o transponder do MH370 antes de desviar o avião milhares de milhas para fora de sua rota. A maioria dos passageiros era chinesa. A China afirmou que está acompanhando os desdobramentos com atenção.
O voo da Air France com os destroços deve chegar a Paris na manhã de sábado (horário local) e os componentes encontrados, que podem ter vindo à superfície do mar por causa de bolsões de ar em suas estruturas, serão então entregues a uma unidade militar perto da cidade de Toulouse, no sudoeste francês, especializada em analisar esses tipos de peças.
O laboratório de Toulouse, que emprega cerca de 600 pessoas, deve verificar o número de série do flap recuperado em Réunion antes de conduzir mais testes para tentar descobrir como ele se separou do avião.