Por Fabian Cambero
SANTIAGO (Reuters) - A Latam Airlines (SN:LTM), maior companhia aérea da América Latina, disse nesta quarta-feira que busca estender até setembro o prazo para apresentar seu plano de reestruturação como parte do processo de recuperação judicial iniciado em 2020.
A Latam pediu recuperação judicial nos Estados Unidos em maio do ano passado, afetada pelas medidas de isolamento social contra o coronavírus. Na época, foi a maior companhia aérea do mundo a realizar tal ação por causa da Covid-19.
Um juiz já havia ordenado que a empresa entregasse seu plano de reestruturação até o final de junho, e a companhia disse que espera encerrar o processo em 2021.
"O pedido de extensão é uma alternativa comum contemplada no processo e não modifica a intenção do grupo Latam de sair da recuperação judicial até o final deste ano", disse a empresa em um comunicado.
A Latam também disse no Chile que solicitou um segundo desembolso de 500 milhões de dólares sob o Acordo de Crédito DIP (Devedor em Posse). A companhia aérea afirmou que os fundos adicionais são necessários dada "a extensão das restrições de saúde e mobilidade impostas pelas autoridades dos diferentes países em que a companhia opera, bem como a análise da projeção de liquidez da companhia".
A empresa também recebeu um empréstimo DIP de 1,15 bilhão de dólares em outubro do ano passado.
No início desta quarta-feira, a Latam disse que espera aumentar suas operações em junho para 36% de seus níveis pré-pandemia, impulsionadas pelo ritmo de vacinação em alguns países da região.
"Todos os mercados mostram projeções superiores às do mês anterior", disse a empresa em comunicado.
A Latam, com sede em Santiago, opera no Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Peru, além de destinos na América Latina, Europa, Estados Unidos e Caribe.