PEQUIM/CINGAPURA (Reuters) - A Arábia Saudita foi a maior fornecedora de petróleo da China em fevereiro, reivindicando posto que pertenceu à Rússia em janeiro, quando ficou em segundo lugar, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira pela administração geral de petróleo chinesa.
Após ser o segundo maior fornecedor do produto para a China por três anos consecutivos, em bases anuais, o reino está ampliando suas vendas ao país via acordos de suprimento com refinarias fora das empresas nacionais de petróleo, em uma nova estratégia de mercado.
Fornecimentos da Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, alcançaram 5,95 milhões de toneladas, ou cerca de 1,552 milhão de barris por dia (bpd), mostraram os dados. Isso representa alta de 29 por cento ante fevereiro de 2018, de acordo com cálculos da Reuters baseados em dados aduaneiros.
O número se compara aos suprimentos advindos da Rússia no último mês, que foram de 5,74 milhões de toneladas, ou quase 1,5 milhão de bpd.
O avanço nas importações vem conforme o país líder da Opep impulsiona sua parcela no mercado da Ásia, assinando novos contratos de fornecimento com refinarias chinesas em 2019, disse em nota Mark Tay, analista sênior de petróleo da área de Pesquisa de Commodities e Cadeia de Suprimentos da Thomson Reuters.
As importações iranianas pela China cresceram 7,4 por cento, para 509.700 bpd, e as da Venezuela quase dobraram seus níveis em relação ao ano anterior, chegando a 530.150 bpd. Os dois países enfrentam sanções dos Estados Unidos.
Enquanto isso, o nível de fornecimento dos EUA à nação asiática caiu 91 por cento ante igual período de 2018, para apenas 22.380 bpd.
(Reportagem de Meng Meng em Pequim e Chen Aizhu em Cingapura)