A Camil Alimentos (BVMF:CAML3), multinacional de origem brasileira, obteve lucro líquido de R$ 46,9 milhões no segundo trimestre fiscal deste ano, encerrado em agosto, informou a empresa. O resultado representa queda de 50,1% ante igual período do ano passado, quando a companhia registrou lucro de R$ 93,9 milhões. O lucro por ação atingiu R$ 0,13 no segundo trimestre. A companhia atua em arroz, feijão, café, açúcar, massas, pescados e biscoitos.
Já a receita líquida aumentou 8%, de R$ 2,697 bilhões para R$ 2,913 bilhões no segundo trimestre fiscal de 2023. No segmento alimentício Brasil, a receita aumentou 14,9%, para R$ 2,153 bilhões. O segmento alimentício internacional obteve receita líquida 7,6% menor, de R$ 759,7 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 1,9% na mesma comparação, de R$ 208,5 milhões para R$ 212,4 milhões. Já a margem Ebitda cedeu 0,4 ponto porcentual do segundo trimestre fiscal de 2022 para o segundo trimestre fiscal deste ano, encerrando o período em 7,3%.
A alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) terminou o segundo trimestre fiscal deste ano em 3,4 vezes ante 2,6 vezes de igual período do ano fiscal anterior. No período, a companhia investiu (Capex) R$ 28,9 milhões, 31,7% menos que no segundo trimestre fiscal de 2022.
No comunicado divulgado aos investidores, o diretor presidente da Camil, Luciano Quartiero, destacou que a receita foi recorde no período.
"Com execução contínua e gradual do crescimento dos novos negócios na companhia. O resultado da Camil reforça mais uma vez nosso posicionamento como uma das maiores plataformas de marcas alimentícias da América do Sul", afirmou Quartiero.
Vendas
A Camil Alimentos apresentou estabilidade no volume total vendido de seus produtos no segundo trimestre fiscal deste ano, encerrado em agosto, em relação a igual período do ano passado, em 629,5 mil toneladas. A alta de 9,3% no volume vendido no Brasil, de 424,9 mil toneladas, compensou a queda de 15% no volume comercializado no segmento internacional, de 204,6 mil toneladas.
No Brasil, que representou 67,5% do volume comercializado pela Camil, o volume de vendas do segmento de alto giro (60% do total), formado por arroz, feijão e açúcar, foi 7,2% maior, para 380,5 mil toneladas. Enquanto o volume vendido na divisão de alto valor (7% do total), formado por pescados, massas, café e biscoitos, aumentou 31,6%, para 44,4 mil toneladas.
O preço líquido do segmento de alto giro no Brasil aumentou 6,8%, para R$ 3,88 por kg, enquanto o preço líquido médio do segmento de alto valor caiu 5,8% para R$ 12,19 por kg.
"No alto giro, que consiste em grãos e açúcar, o volume apresentou crescimento decorrente de operações de exportação de açúcar. Essa operação é fruto de uma frente de trabalho da companhia para minimizar os efeitos de um cenário competitivo desafiador e de menor rentabilidade para a categoria no curto prazo", afirmou o diretor presidente da Camil, Luciano Quartiero, no comunicado para investidores.
No mercado internacional, que representou 32% do total comercializado pela companhia no trimestre, a queda foi puxada pelo menor volume comercializado no Uruguai na comparação com o segundo trimestre do ano fiscal de 2023 com o segundo trimestre do ano fiscal passado em virtude da sazonalidade das vendas no País.
"Sendo o volume do Uruguai forte na base comparativa e um pouco mais fraca em sua concentração de exportações no país no trimestre atual quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Vale destacar que Equador tem desempenhado bons resultados, parcialmente compensado pela continuidade de um cenário desafiador no Peru", apontou a Camil no comunicado.