SÃO PAULO (Reuters) - A CVC (SA:CVCB3) Corp registrou crescimento no lucro pelo 15º trimestre seguido no período de abril a junho, com o resultado ajustado somando 35,2 milhões de reais e marcando uma alta de 63,1 por cento em relação ao segundo trimestre do ano passado considerando dados pro forma.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 18,7 por cento, para 118 milhões de reais no período.
A comparação pro forma inclui os resultados pro forma da Visual e da Trend.
Sem ajuste a itens não recorrentes, o lucro líquido somou 24,8 milhões de reais, com alta de quase 145 por cento em relação ao segundo trimestre do ano passado pro forma.
As reservas confirmadas da CVC Corp somaram 3,09 bilhões reais no período de abril a junho, um crescimento de 5,7 por cento na comparação anual pro forma. Segundo a empresa, a expansão foi limitada no período por efeitos como câmbio, além da greve dos caminhoneiros e a Copa do Mundo.
"A reserva sofreu um pouco porque tivemos 15 dias como feriados", disse o presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco, acrescentando que os clientes deixaram de ir às lojas nesses dias devido à greve dos caminhoneiros ou à Copa, mas permaneceram no canal online.
No entanto, a empresa informou que o mês de julho mostra desempenho similar ao do primeiro trimestre de 2018, tendo retomado crescimento de dois dígitos.
O segmento online foi o destaque do segundo trimestre, com alta de 36,4 por cento, impulsionado pelo desempenho do Submarino Viagens e pela retomada do crescimento da CVC.com no período.
"Foi um trimestre difícil, mas nossa estratégia multicanal tem dado certo", disse Falco.
As vendas no conceito mesmas lojas CVC subiram 1,5 por cento no segundo trimestre. No período, a empresa abriu 36 lojas CVC Lazer.
A receita líquida da empresa avançou 12,7 por cento na comparação anual pro forma e somou 316,4 milhões de reais.
Sem divulgar guidance, Falco afirmou que o objetivo da empresa é crescer todo ano "duplo digito", meta mantida para este ano, apesar das adversidades com câmbio e incertezas com o cenário eleitoral que ainda devem permanecer no segundo semestre.
Falco também não descarta novas aquisições, afirmando que a CVC sempre olha uma série de empresas com potencial para serem adquiridas.
INTERNACIONALIZAÇÃO
Além de manter no radar novas aquisições dentro do país, a CVC avalia ainda a internacionalização, por meio de aquisição na América Latina.
"Temos visto alguns alvos na América Latina, mas é um passo que tem que ser dado com muito cuidado", disse o presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco.
Segundo o executivo, há muitas similaridades entre os destinos buscados pelos clientes do Brasil e dos demais países da América Latina.
"A similaridade de destinos ajuda muito a expansão. Apesar do cliente ser um pouco diferente, o produto tem muita aderência", disse Falco.
(Por Flavia Bohone)