SÃO PAULO (Reuters) - A geradora Engie Brasil Energia, ex-Tractebel, reportou lucro líquido de 328,8 milhões de reais no segundo trimestre, com avanço de 57,1 por cento ante ano passado, impulsionada por uma maior geração em suas hidrelétricas, que em 2015 tiveram menor produção devido a uma seca.
A elétrica apresentou geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 751,7 milhões de reais no trimestre, com alta de 28,3 por cento na comparação anual.
A produção bruta da Engie Brasil, maior geradora privada de energia do país, alcançou 4,9 mil megawatts médios, ou 15 por cento a mais que entre março e junho de 2015.
Com isso, a companhia teve um resultado negativo de 29,1 milhões de reais em suas operações na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), ante perdas de 230,4 milhões de reais no segundo trimestre de 2015.
A diferença deve-se à seca do ano passado, que obrigou a empresa a comprar energia no mercado de curto prazo para cumprir contratos devido a um déficit de geração generalizado nas hidrelétricas do país.
A Engie Brasil, braço local da elétrica francesa de mesmo nome, apresentou receita líquida de vendas de 1,57 bilhão de reais no segundo trimestre, com alta de 1,7 por cento na comparação anual.
No período, a companhia investiu 226,5 milhões de reais, principalmente na revitalização e modernização de suas usinas e na construção de uma termelétrica (UTE Pampa Sul) e do complexo eólico Santa Mônica.
Já a dívida bruta da Engie Brasil fechou junho em 3,64 bilhões de reais, enquanto o caixa da companhia alcançou 2,1 bilhões. Com isso, a dívida líquida somou 1,2 bilhão de reais.
A Engie afirmou ainda que seu Conselho de Administração aprovou em reunião nesta quinta-feira a distribuição de 645,2 milhões de reais em dividendos intercalares, o que representa um payout de 100 por cento do lucro líquido distribuível no semestre.
(Por Luciano Costa)