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Lucro da Gol cai no 1º trimestre; receio com custos pesa e ações caem 8%

Publicado 09.05.2018, 15:45
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GOLL4
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SÃO PAULO (Reuters) - A Gol (SA:GOLL4) teveu lucro líquido do primeiro trimestre, após participação minoritária, de 147,5 milhões de reais, baixa de 9,3 por cento na comparação anual, mas teve a maior margem operacional para o período em 12 anos.

Segundo a Gol, o lucro foi pressionado pelo câmbio, com impacto de 19,5 milhões de reais, e por custos ligados à emissão e aquisições de títulos próprios. Além disso, a comparação com o mesmo período de 2017 foi impactada pelo efeito do imposto de renda, que resultou em encargo de 65,6 milhões de reais, ante um benefício de 79,1 milhões de reais um ano antes.

Às 14:50, as ações da empresa caíam 8,36 por cento, enquanto o Ibovespa subia 1,44 por cento.

Para analistas do JPMorgan, o resultado foi de forma geral positivo, com sólido ambiente de demanda e controle de custo levando à expansão da margem.

"Do lado negativo, destacamos os gastos financeiros maiores que o esperado, que pressionaram a última linha do balanço, ficando abaixo do esperado (apesar dos resultados operacionais mais fortes)", escreveram os analistas liderados por Fernando Abdalla, que mantiveram recomendação neutra para as ações.

O resultado operacional, medido pelo lucro antes de juros e impostos (Ebit) somou 504,3 milhões de reais no período, alta de 97,4 por cento ante igual período de 2017, crescendo pelo sétimo trimestre seguido.

A margem Ebit avançou 7,1 pontos percentuais, para 17 por cento, o maior nível para um primeiro trimestre desde 2006.

Segundo o vice-presidente financeiro da Gol, Richard Lark, a empresa estava cerca de 25 por cento coberta à exposição ao preço do petróleo no primeiro trimestre.

"Nossas atividades de hedge combinadas com nossas técnicas de gerenciamento de capacidade e de receita nos permitiram melhorar nossas margens", disse Lark em vídeo gravado para comentar os resultados.

A receita líquida da empresa somou 3 bilhões de reais de janeiro a março, alta de 14,4 por cento ante um ano antes. Já os custos e despesas operacionais no período subiram 5,3 por cento, para 2,46 bilhões de reais. Apenas o custo com combustível de aviação somou 884,2 milhões de reais, alta de 20,2 por cento.

Para o segundo semestre, a empresa vê preços e reservas fortes, com altas taxas de ocupação.

"Com o PIB brasileiro mostrando crescimento, aliado a baixas taxas de juros e baixa inflação, esperamos um bom ambiente de demanda para o segundo semestre", disse o diretor presidente da Gol, Paulo Kakinoff, também em vídeo gravado.

Mas os receios com pressão de custos seguem no radar diante da alta do dólar e preços mais elevados do combustível.

Segundo Kakinoff, a empresa vê o aumento da demanda de clientes corporativos, que pagam tarifas mais altas, com potencial para mitigar eventuais efeitos de aumento de custos.

Questionado em teleconferência sobre eventual necessidade de repasse de preços, Kakinoff disse que "é difícil ir além" neste momento, devido à volatilidade cambial, mas que o aumento da participação de clientes que pagam tarifas mais altas pode mitigar a necessidade de repasse para demais tarifas.

"Tivemos um rali no câmbio recentemente, o que dificulta projeções", disse o executivo.

NOVAS PROJEÇÕES

A Gol também revisou suas projeções para este ano, estimando agora crescimento da oferta total entre 1 por cento e 2 por cento, ante estimativa anterior de avanço entre 1 e 3 por cento. Para 2019, a estimativa é de expansão de 5 a 10 por cento.

No caso da oferta de voos domésticos, a Gol também reduziu a projeção, para estabilidade a crescimento 2 por cento, ante estimativa anterior de 0 a 3 por cento de alta. Em 2019, a empresa vê aumento de 1 a 3 por cento.

A estimativa para expansão da oferta de voos internacionais em 2018 passou para uma faixa entre 6 e 8 por cento, ante estimativa anterior de crescimento entre 7 e 10 por cento. Em 2019, a empresa vê expansão de 30 a 40 por cento.

A taxa de ocupação este ano deve ficar entre 79 e 80 por cento, mesma projeção anterior, e com pouca alteração prevista para 2019, quando deve ser de 79 a 81 por cento.

"A expansão mais relevante do nosso ASK (oferta) é do mercado internacional, onde vemos mais oportunidades de crescimento", disse Kakinoff.

A empresa reduziu a projeção para frota total média este ano para 117 aviões, ante estimativa anterior de 118 unidades.

A estimativa do lucro por ação da empresa para 2018 caiu de 1,20 real a 1,40 real para 0,90 real e 1,10 real. Para 2019, a projeção é de lucro por ação entre 1,70 real e 2,30 reais.

Segundo Kakinoff, a redução na estimativa do lucro por ação em 2018 reflete a recente depreciação do real.

A projeção para margem operacional (Ebit) foi mantida em cerca de 11 por cento em 2018. Para o próximo ano, a estimativa é de cerca de 13 por cento.

A empresa aérea reduziu a de alavancagem em 2018 medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda para 2,8 vezes, ante projeção anterior de 3 vezes. Para 2019, a empresa prevê a métrica em 2,5 vezes.

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A Gol estima agora investir 700 milhões de reais em 2018, acima da projeção anterior de 600 milhões. Em 2019, a Gol espera investimento da ordem de 600 milhões de reais.

(Por Flavia Bohone)

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