SÃO PAULO (Reuters) - A operadora Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, informou nesta quarta-feira forte queda no lucro líquido do segundo trimestre na comparação anual, apesar de ter registrado alta dos resultados operacionais no primeiro balanço divulgado após a conclusão da compra da GVT.
A empresa divulgou lucro líquido pro forma, que inclui a GVT a partir de janeiro de 2014, de 932,9 milhões de reais, queda de 56,4 por cento ano contra ano, diante de uma base de comparação afetada positivamente por mudanças fiscais, disse a empresa.
A média de analistas compilada pela Reuters previa queda de 49 por cento, para 1,018 bilhão de reais.
O resultado contábil, que inclui a operadora GVT apenas a partir de maio deste ano, quando a operação de compra foi concluída, foi de 869,8 milhões de reais, queda de 56,3 por cento na mesma base de comparação.
Segundo a empresa, o lucro líquido teve queda devido ao impacto no segundo trimestre de 2014 de revisões fiscais após entrada em vigor de nova lei cujo efeito positivo foi de 1,196 bilhão de reais no período. Excluindo esse efeito, a queda anual seria de apenas 1,4 por cento, disse a operadora.
Já o resultado operacional apresentou forte alta considerando a aquisição da GVT a partir de maio deste ano, com avanço do Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 15,9 por cento, para 2,95 bilhões de reais.
A receita operacional líquida contábil subiu 15,6 por cento em bases anuais, para 9,96 bilhões de reais no período de abril a junho, com alta de 34,1 por cento da receita operacional líquida fixa.
Já a receita operacional líquida móvel subiu 5,5 por cento, para 5,83 bilhões de reais. Os acessos móveis subiram 4,2 por cento, para 82,66 milhões, com crescimento de 13,1 por cento do pós-pago e queda de 0,2 por cento do pré-pago, devido a uma política mais restritiva de desconexão de clientes não rentáveis.
Os acessos de banda larga fixa atingiram 7,1 milhões de clientes no segundo trimestre, crescimento de 5,9 por cento. Os acessos de TV por assinatura subiram 22,3 por cento ano contra ano, para 1,8 milhão de assinantes.O Arpu (receita média por cliente) total aumentou 0,8 por cento ano contra ano, enquanto o Arpu de dados teve crescimento de 27,3 por cento no período.
Os custos operacionais da companhia, excluindo gastos com depreciação e amortização, foram de 7,01 bilhões de reais no segundo trimestre, crescimento de 15,5 por cento, principalmente devido a maiores gastos com provisões para devedores duvidosos e esforços de cobrança, além de maiores gastos com energia, entre outros.
A dívida líquida atingiu 4,2 bilhões de reais, queda de 2,8 bilhões de reais ano contra ano devido a aumento de capital realizado pela companhia, parcialmente compensado pelo pagamento de licença do leilão de 4G do ano passado.
(Por Luciana Bruno)