Por Gabriela Mello
SÃO PAULO (Reuters) - A operadora de telefonia celular Tim (SA:TIMP3) Participações reportou lucro líquido de 364 milhões de reais no quarto trimestre de 2016, uma queda de 21,8 por cento ante o resultado do mesmo período do ano anterior em razão de maiores investimentos em bens de capital e despesas financeiras.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) atingiu 1,568 bilhão de reais entre outubro e dezembro, uma cifra 4,4 por cento maior que a do quarto trimestre de 2015.
No padrão normalizado, que inclui efeitos da venda de torres, a empresa obteve lucro líquido de 359 milhões de reais e Ebitda de 1,561 bilhão de reais no quarto trimestre, conforme o material de divulgação do balanço.
A receita líquida trimestral da Tim caiu 1,7 por cento na comparação anual, para 4,044 bilhões de reais. Já o resultado financeiro líquido ficou negativo em 101 milhões de reais no último trimestre de 2016, ante desempenho positivo de 23 milhões de reais no mesmo período de 2015, refletindo um aumento de quase 27 por cento nas despesas financeiras e uma redução de 26,7 por cento nas receitas financeiras.
No quarto trimestre, a empresa investiu 1,695 bilhão de reais em bens de capital, 13,9 por cento mais frente igual intervalo do ano anterior.
A dívida líquida da Tim atingiu 2,721 bilhões de reais ao final de dezembro, superando em 57 por cento a registrada ao término de 2015. Com isso, a alavancagem da operadora, medida pela relação dívida líquida/Ebitda, aumentou para 0,52 vez, ante 0,32 vez em dezembro de 2015 e 0,68 vez em setembro de 2016.
ACUMULADO
Em 2016, a Tim apurou um lucro líquido de 750 milhões de reais, 64 por cento inferior ao de 2015. O Ebitda da companhia caiu 21,2 por cento na comparação anual, para 5,209 bilhões de reais, enquanto a receita líquida total recuou 8,9 por cento, para 15,617 bilhões de reais.
No ano passado, o capex da Tim somou 4,502 bilhões de reais, uma queda de 5,5 por cento ante 2015 devido a negociações com fornecedores e otimização de projetos.
Separadamente, a Tim enviou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) seu plano estratégico para 2017-2019. No documento, a operadora de telefonia prevê reduzir o capex para 4 bilhões de reais em 2017, bem como crescimento da receita em todos os trimestres.
Para 2019, a companhia projeta uma margem Ebitda de mais de 36 por cento, ante 33,5 por cento em 2016.