Investing.com – Com quedas expressivas na bolsa brasileira em 2023, empresas como Magazine Luiza (BVMF:MGLU3), Grupo Casas Bahia (BVMF:BHIA3) e Lojas Renner (BVMF:LREN3) vêm sendo pressionadas, entre outros motivos, por um ambiente macroeconômico desafiador. Em relatório enviado aos clientes e ao mercado, a XP (BVMF:XPBR31) considerou outros dois fatores adicionais para as quedas expressivas, incluindo discussões sobre benefícios fiscais e possíveis resultados trimestrais mais fracos.
Na avaliação da XP, que realizou um estudo com investidores institucionais sobre o tema, o sentimento quanto ao setor de varejo mudou: levando à menor exposição a esse setor. A melhora dos resultados é um ponto chave, de acordo com o analista Gustavo Senday. No entanto, a XP espera que os indicadores sigam fracos, “em meio a uma demanda ainda fragilizada, margens pressionadas, tanto pela base de comparação com trimestres anteriores quanto pelo aumento de competitividade e altos níveis de alavancagem”.
Mais resilientes são as varejistas de alta renda, incluindo Vivara (BVMF:VIVA3) e Track & Field (BVMF:TFCO4) assim como o varejo farmacêutico. Do outro lado, varejo alimentar e companhias em reestruturação, como Alpargatas (BVMF:ALPA4) e Multi, além de e-commerce, ainda devem esperar por dias melhores por vir.
Mesmo com maior cautela, os resultados do quarto trimestre ainda poderão ser alavancados pelo clima mais quente, auxiliando nas vendas de vestuário, assim como maior número de dias úteis e avanço do programa de renegociação de dívidas Desenrola.