As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, em meio ao renovado otimismo quanto à recuperação da economia global. A expectativa por mais estímulos fiscais nos Estados Unidos, com democratas no poder, alimentaram o humor de investidores na semana. No noticiário sobre a vacinação da covid-19, o Reino Unido aprovou o uso do terceiro imunizante e uma pesquisa preliminar indica que a vacina da Pfizer é eficaz contra as novas variantes do coronavírus.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,66%, a 411,17 pontos, com ganho semanal de 3,04%.
Nas mesas de operações, operadores aproveitaram o último dia útil da semana para embolsar lucros obtidos nas últimas sessões, o que deixou as praças europeias em tom misto no início do pregão. No entanto, os índices acabaram recuperando o fôlego e voltaram a precificar a expansão fiscal nos EUA, dias após o Partido Democrata conquistar o controle do Senado.
A confirmação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais também contribuiu para o cenário positivo, apesar das cenas de violência após apoiadores do atual presidente, Donald Trump, invadirem a sede do legislativo americano.
No Reino Unido, a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA, na sigla em inglês) aprovou nesta sexta o uso emergencial da vacina para covid-19 da farmacêutica Moderna, o terceiro imunizante autorizado no país.
Uma pesquisa da Pfizer em parceria com o braço médico da Universidade do Texas sugere que a sua vacina, desenvolvida em parceria com a BioNTech, é capaz de proteger contra as novas variantes do coronavírus descobertas no Reino Unido e na África do Sul.
Com essas notícias, o índice FTSE 100, referência na Bolsa de Londres, subiu 0,24%, a 6.873,26 pontos, com salto de 6,39% em relação ao fechamento de sexta-feira da semana passada.
Em Frankfurt, o índice Dax subiu 0,58%, a 14.049,53 pontos, com alta semanal de 2,41%. Por lá, repercutiu o fortalecimento de 0,9% na produção industrial da Alemanha em dezembro ante novembro, superando expectativa de analistas ouvidos pelo Wall Street Journal de avanço de 0,4%.
Nos Estados Unidos, o Departamento do Trabalho informou que, em dezembro, foram fechados 140 vagas de trabalho no país, abaixo do piso das apostas consultadas pelo Projeções Broadcast, de perda de 100 mil empregos.
Para o analista Chris Rupkey, do MUFG Union Bank, a leitura aponta para a contínua necessidade de apoio do governo à atividade econômica, a fim de evitar uma nova recessão. "Nunca foi mais verdadeiro que a trajetória da economia depende do curso do vírus", destacou, em nota a clientes
À espera de estímulos, o CAC 40, de Paris, avançou 0,65%, a 5.706,88 pontos, e subiu 2,80% na comparação semanal.
O índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, ganhou 0,21% nesta sexta e 2,52% na semana, a 22.793,94 pontos.
Em Madri, o Ibex 35 se elevou 0,26%, a 8.407,70 pontos, ganhando 4,14% nos últimos cinco pregões.
Lisboa foi na contramão das demais praças e caiu 0,69%, a 5.245,52 pontos, mas disparou 7,09% na semana.