Por Karl Plume
(Reuters) - O mercado global de soja fez uma transição para o "modo racionamento", diante da oferta restrita e da seca que afetou a safra da Argentina, o que gerou o rali mais forte de preços da oleaginosa em anos, disse o chefe de Suplly Chain da Cargill , Joe Stone (NASDAQ:STNE), nesta quarta-feira.
"Vamos precisar racionar. A extensão de quanto vamos precisar racionar provavelmente será uma função do clima que vemos na Argentina", disse Stone durante um webinar realizado pelo U.S. Soybean Export Council.
Ele não deu detalhes sobre como esse racionamentoocorreria.
Os preços internacionais de grãos e oleaginosas dispararam à medida que a China e outros compradores globais aceleraram as compras devido a preocupações com a segurança alimentar e redução da oferta em meio ao clima adverso na América do Sul e outras áreas de produção agrícola ao redor do mundo.
A Argentina suspendeu no mês passado as exportações de milho até março para conservar o abastecimento doméstico, e a Rússia impôs tarifas sobre os embarques de trigo e soja em meio a preocupações com o aumento dos preços dos alimentos no país.
O principal importador de soja, a China, registrou compras recordes do grão nesta temporada. Os embarques também recordes do Brasil levaram o maior exportador da oleaginosa a importar grãos dos Estados Unidos.
A mudança de um superávit da safra global nos últimos anos para a oferta mais restrita em pelo menos sete anos levou os preços de referência da soja nos EUA para máximas de seis anos e meio na bolsa de Chicago.