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Mercado erótico conquista classes populares com vendas "porta a porta"

Publicado 05.04.2013, 01:16
Atualizado 09.04.2013, 06:14

São Paulo, 4 abr (EFE).- A indústria de artigos eróticos no Brasil, que nesta quinta-feira inaugurou em São Paulo a 20ª edição da feira Erótika Fair, vem conquistando também as classes populares com vendas "porta a porta".

A presidente da Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme), Patricia Aguiar, destacou em entrevista à Agência Efe que as vendas 85 mil consultoras através de catálogos e em pequenas lojas permitiu o "surgimento de novos consumidores", em particular da "classe C".

O setor movimentou no ano passado R$ 1 bilhão, ou seja, crescimento de 15% com relação a 2011, quando já avançara 18,5%, segundo um estudo da Abeme divulgado durante a abertura da feira.

Patricia enfatizou o aumento das vendas dos artigos "baratos", como o gel para o sexo oral e os lubrificantes, que juntos respondem por 39% do mercado.

Para a presidente da Abeme, a expansão do setor às classes populares e o aumento do número de consultoras foram impulsionados pelo conhecimento dos produtos e das inovações através da internet, da literatura e dos filmes que abordaram o tema no último ano.

Entre as novidades da feira está uma boneca de silicone, considerada por seus fabricantes como "perfeita" e cujo valor no mercado é de R$ 40 mil, além de novas técnicas de pintura sobre o corpo.

A feira deste ano, segundo Patricia, "é o reflexo da grandeza do mercado erótico brasileiro em sua diversidade de produtos, com 11 mil itens à disposição do consumidor e a grande gama de cosméticos sensuais em que o Brasil é o grande inovador mundial".

De acordo com a empresária, o mercado erótico global "acompanhou os avanços da cultura e da sociedade, junto à mulher, que se transformou nas últimas décadas para cuidar de seu prazer e do de seu companheiro".

"A imprensa, os filmes e a internet ajudaram a quebrar os tabus e a ver os acessórios eróticos não como artigos pornográficos, mas como elementos de uso íntimo para cuidar da saúde das pessoas", acrescentou.

A especialista também destacou a mudança do perfil dos homens dentro do mercado erótico.

"O homem já pensa mais em sua companheira, quer surpreendê-la e também passou a preocupar-se mais com sua vaidade", assinalou Patricia.

A Erótika Fair, que se estenderá até domingo no Centro de Exposições do Anhembi, tem como convidados neste ano a modelo paraguaia Larissa Riquelme, a drag queen Silvetty Montilla, o stripper austríaco Marcello Bravo e a atriz de filmes pornográficos tcheca Little Caprice. EFE

wgm/pa

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