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Mercado Livre deve crescer em varejo e pagamentos, diz Morgan Stanley

Publicado 04.02.2021, 20:19
Atualizado 04.02.2021, 20:23
© Reuters
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Por Ana Julia Mezzadri

Investing.com - O Mercado Livre (NASDAQ:MELI) (SA:MELI34) já é líder do e-commerce na América Latina, mas tanto o varejo quanto o negócio de pagamentos ainda podem crescer, na visão do Morgan Stanley (NYSE:MS), que manteve a ação em sua carteira recomendada da América Latina de fevereiro, com preço-alvo de US$ 1.840.

A tese de investimentos do banco tem como fundamentos as oportunidades de crescimento tanto para o e-commerce quanto para pagamentos. No segundo setor, o volume total de pagamentos pode acelerar tanto no segmento de micro comerciantes quanto de carteira mobile, com espaço também para novos serviços, como crédito.

O Morgan Stanley acredita ainda que a companhia pode monetizar ainda mais seu marketplace com a adição de novas categorias de produtos e novos serviços de valor agregado. Outros drivers de crescimento são a expansão do e-commerce e do uso de pagamentos digitais na América Latina.

A performance da ação pode superar a projeção, de acordo com o banco, caso haja expansão para novas linhas de negócios, enfraquecimento da concorrência em e-commerce e pagamentos ou um ganho de escala, apoiando a melhoria das margens.

Os riscos de downside, por outro lado, seriam o aumento de e-commerces de concorrentes como a Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) na América Latina; o aumento do foco de operadores de pagamentos tradicionais no mercado de micro comerciantes; e dificuldades na expansão do marketplace além das categorias-chave.

Em sua análise da ação, o Morgan Stanley desenhou três possíveis cenários: um otimista, um de base e um pessimista. No otimista, a plataforma da MELI domina e acelera sua monetização tanto como fintech quanto como e-commerce. O preço-alvo é de US$ 2.450.

Nesse caso, a taxa de crescimento anual composta (CAGR) do volume de vendas online entre 2019 e 2022 é de 41%, com 30% no Brasil, 44% na Argentina e 60% no México. O CAGR do volume total de pagamentos é de 67%; o da receita, de 70%; e a margem Ebitda expande 1.540 pontos base para 11,9%.

No cenário base, a companhia expande sua liderança no e-commerce e impulsiona novos negócios de pagamentos. O volume total de pagamentos tem CAGR de 31%, com 21% no Brasil, 31% na Argentina e 51% no México. O CAGR do volume total de pagamentos é de 56%, a receita cresce com CAGR de 59% e a margem Ebitda ajustada expande 1.220 pontos base, alcançando 8,7%.

Por fim, há o cenário pessimista, em que a concorrência se intensifica, assim como os desafios macroeconômicos. O CAGR do volume total de pagamentos é de 25%, com 16% no Brasil, 23% na Argentina e 45% no México. O volume total de pagamentos tem CAGR de 46%, e a receita de 50%, enquanto a margem Ebitda ajustada ganha 890 pontos base, para 5,4%. O preço-alvo é de US$ 1.150.

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