Por Lawrence Hurley e Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou na terça-feira Neil Gorsuch para um emprego vitalício como membro da Suprema Corte, escolhendo o juiz federal de 49 anos para restaurar a maioria conservadora do tribunal e ajudar a moldar decisões em questões polêmicas, como aborto, controle de armas, pena de morte e direitos religiosos.
O juiz do Colorado enfrenta uma possível batalha para confirmação no Senado, após republicanos no ano passado se recusarem a considerar o escolhido do presidente democrata Barack Obama para a vaga, após a morte em fevereiro de 2016 do juiz conservador Antonin Scalia.
O líder democrata no Senado, Chuck Shumer, indicou que seu partido irá realizar um procedimento que necessita de 60 dos 100 votos do Senado, e não uma simples maioria, para aprovação de Gorsuch. Shumer expressou "sérias dúvidas" sobre o indicado, e grupos liberais pediram por uma luta para rejeitar Gorsuch, enquanto grupos conservadores e senadores republicanos o elogiaram como "incrível" e "impressionante".
Gorsuch, filho de um ex-membro do governo Reagan, é o indicado mais novo ao mais alto tribunal do país em mais de 25 anos, e pode influenciar a direção do tribunal por décadas. Ele é um juiz do Tribunal de Apelações em Denver e foi indicado ao cargo pelo presidente republicano George W. Bush em 2006.