QUITO (Reuters) - O Ministério Público do Equador pediu nesta segunda-feira a prisão preventiva do vice-presidente Jorge Glas na investigação da rede de subornos da construtora Odebrecht no país.
Glas, um engenheiro elétrico de 48 anos, já está proibido de sair do país, mas o Ministério Público pediu a prisão preventiva porque teria descoberto novas provas de envolvimento dele em contratos entregues diretamente à Odebrecht.
"(O procurador) Carlos Baca pede prisão preventiva para Jorge Glas porque novos elementos foram encontrados na investigação por associação ilícita", disse o Ministério Publico no Twitter. O órgão também pediu bloqueio das contas e alienação dos bens do político.
Na semana passada, a procuradoria se juntou à acusação contra Glas e outros funcionários vinculados à rede de subornos da Odebrecht, que afeta vários países da região.
"Não se preocupem, não precisam me procurar, estou onde sempre estive. Não vou escapar. Os inocentes jamais fogem", postou Glas no Twitter e que exigiu que o Ministério Público "apresente as provas contra(ele)".
"Isso não é apenas contra Jorge Glas! É parte de um plano para destruir a Revolução Cidadã e Rafael Correa", afirmou.
O pedido também se estendeu ao tio do vice-presidente, Ricardo Riveira, que compre prisão domiciliar, mas segundo o Ministério Público, não respeitou sua condição legal.
Glas, que foi afastado das funções em agosto pelo presidente Lenín Moreno por suposta falta de lealdade ao governo, também enfrenta a oposição de vários legisladores de seu movimento político Alianza País, que pediram sua renúncia.
(Por Alexandra Valencia)