O dólar operou em alta nesta sexta-feira, 2, ante a maioria dos rivais, em sessão marcada pela baixa liquidez em virtude do feriado. O principal destaque do dia foi a publicação do Payroll nos Estados Unidos, que apresentou uma criação de empregos bem acima da expectativa de analistas, sugerindo uma recuperação forte na economia do país.
O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis moedas fortes, fechou em alta de 0,10%, aos 93,022 pontos. O euro, principal componente do índice, recuava a US$ 1,1764 no fim da tarde em Nova York. Já a libra caia a US$ 1,3830, e o dólar subia a 110,67 ienes.
O Payroll nos Estados Unidos mostrou que, em março, houve criação líquida de 916 mil postos de trabalho, bem acima da mediana de previsões de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 700 mil. Segundo o Wells Fargo, "com a recente implementação de mais suporte fiscal, amenizando as restrições e aumentando o otimismo, esperamos que a recuperação dos empregos ganhe ainda mais impulso nos próximos meses", pontua, em nota a clientes.
Novos lockdowns, como o anunciado nesta semana pela França, colocam dúvidas a recuperação na zona do euro. "A Europa em processo de bloqueio estendido para combater o vírus não ajudou" a moeda comum, avalia a Western Union. No entanto, a economia da região mostrou uma resiliência "surpreendente, o que ajudou a desacelerar a queda da moeda única", aponta a análise. "Um aumento maior do que o esperado no sentimento econômico da zona do euro em março subiu acima da média de longo prazo pela primeira vez em um ano", aponta a Western Union.
A libra, por sua vez, operou mais perto da estabilidade. A moeda "não avançou muito nas negociações estreitas do feriado, mas se movimentou o suficiente para atingir as máximas de 10 dias em relação ao dólar" durante a sessão, aponta a Western Union.