Investing.com - As ações da MRV (SA:MRVE3) operam com queda de 5,26% a R$ 21,45, puxando assim a ponta negativa do Ibovespa. O desempenho vem mesmo com a companhia reportando lucro líquido de R$ 190 milhões no segundo trimestre, crescimento de cerca de 15% sobre o resultado positivo de um ano antes, apoiado em expansão da receita e custos controlados.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 3,8% no período, para 257 milhões de reais, praticamente dentro da média de estimativas de analistas calculada pela Refinitiv, de 248 milhões de reais.
A companhia, uma das maiores construtoras de imóveis residenciais da América Latina, teve receita líquida de 1,55 bilhão de reais de abril a junho, expansão de quase 20% sobre o desempenho de um ano antes.
Enquanto isso, a relação das despesas gerais e administrativas sobre a receita líquida recuou de 6,6% para 6,1%. As despesas comerciais tiveram baixa de 3,8%, para 143 milhões de reais.
Porém, a empresa citou “maior rigor observado na concessão de crédito por parte do banco financiador” no segundo trimestre o que fez a MRV recorrer a uma “flexibilização das condições comerciais” e, com isso, a margem bruta no primeiro semestre caiu de 33,5% para 31,3% na comparação anual. No trimestre passado, o indicador recuou de 33,3% um ano antes para 30,7%.
Para a Mirae Asset, os números da companhia foram novamente sólidos e ligeiramente acima do esperado. Os analistas esperam a recuperação de vendas e do setor com mais ênfase em 2020, uma vez que com a recuperação da economia e juros baixos, juntos devem tendem a impactar positivamente no setor. A recomendação segue neutra.
A Suno Research acredita no potencial de geração de valor da MRV aos seus acionistas no longo prazo, principalmente em face dos resultados apresentados. Entretanto, avalia que seu valuation está em um patamar muito elevado, não oferecendo uma margem de segurança para o investimento.