Depois do salto em captação de recursos com o empurrão da "grife Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4)", a corretora americana Avenue Securities avalia aquisições para se consolidar como uma plataforma de investimentos para brasileiros nos Estados Unidos. O objetivo é arrumar a casa e se preparar para disputar um montante estimado em R$ 1 trilhão de recursos que devem chegar aos EUA na próxima década. Até mesmo porque, do outro lado, rivais de peso como Bradesco (BVMF:BBDC4), BTG Pactual (BVMF:BPAC11) e XP Investimentos (BVMF:XPBR31) também se movimentam para abocanhar uma fatia desse bolo.
O apetite por compras não significa, porém, que a Avenue vai sair tirando concorrentes do mercado. A corretora, com sede em Miami, define a trajetória como uma "corrida invisível" cujo foco é endereçar o risco de infraestrutura, que, embora não apareça para o cliente, é essencial para o negócio parar em pé. Na mira, estão negócios nas áreas de prevenção a lavagem de dinheiro, segurança e tecnologia.
"São aquisições zero sexy, mas fundamentais para preparar esse ecossistema invisível", disse o presidente da Avenue, Roberto Lee, em entrevista ao Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), na conferência Brazil at Silicon Valley Bank, em Santa Clara, Califórnia (EUA), nesta semana.
Segundo ele, a corretora não pretende fazer uma série de investimentos nem estabeleceu um cheque para desembolsar com aquisições. No lugar, afirmou, serão compras "bem pontuais" e que devem contribuir para fortalecer os bastidores, a cozinha do negócio, nas palavras de Lee.
Um exemplo do perfil que a Avenue fareja está na recente aquisição da startup myprofit, cuja proposta é facilitar a vida do investidor de Bolsa na hora de acertar as contas com o Leão e ainda no cálculo da performance de seu portfólio. Conforme Lee, há uma série de desenvolvimentos para frente e que fazem com que a corretora americana amplie seu papel.
"Nossa missão não é mais só dar acesso ao cliente. A gente tem posicionado a Avenue para expandir o sistema financeiro brasileiro no exterior, obviamente, com a criação de produtos e serviços, mas investindo para incluir o Brasil no mundo", afirmou Lee. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.