Por Marcelo Teixeira
NOVA YORK (Reuters) - Pelo menos cinco navios seguem para a Rússia com quase 200.000 toneladas de açúcar bruto brasileiro vendido por traders europeus, segundo dados de embarque vistos pela Reuters, cerca do dobro das importações anuais normais do adoçante pelo país.
As sanções após a invasão da Ucrânia pela Rússia aumentaram a demanda por açúcar e outros alimentos básicos, e as prateleiras dos supermercados estão esvaziando devido à estocagem de alimentos.
No entanto, as sanções também podem tornar mais difícil para os transportadores serem pagos por suas cargas.
O volume de açúcar embarcado é incomumente alto, disseram traders, observando que a Rússia tende a importar cerca de 100.000 toneladas de açúcar por ano. A Rússia não é um importador ou exportador notável de açúcar, mas os russos começaram a acumular o adoçante.
Enquanto as vendas de açúcar não são cobertas pelas sanções, as transações financeiras são. Além disso, analistas disseram que problemas de segurança no Mar Negro podem atrapalhar os navios.
Os embarques para a Rússia e a Geórgia foram carregados em navios que saem do Brasil, o maior exportador de açúcar do mundo, com três comerciantes europeus de alimentos e uma empresa brasileira por trás dos negócios: Sucden, Louis Dreyfus Co e Tereos na Europa, além de e Raízen no Brasil.
(Reportagem adicional de Nigel Hunt e Maytaal Angel em Londres)